Perante a persistência da ameaça e a recorrência de surtos do vírus da gripe aviária, os especialistas e intervenientes da cadeia de valor avícola de quinze países da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) vão reunir-se em Bissau, de 13 a 17 de outubro corrente, para reforçar a prevenção e o controlo da gripe aviaria na sub-região.
Segundo uma nota de imprensa, desde 2006, a gripe aviária tem afetado profundamente a saúde animal, a segurança alimentar e os meios de subsistência das populações rurais, com impactos significativos sobre as explorações avícolas, os mercados de aves vivas, a fauna selvagem e a saúde humana.
Apesar dos esforços desenvolvidos pelos Estados, as capacidades técnicas dos serviços competentes e dos laboratórios continuam a ser insuficientes, especialmente a nível local, limitando assim a deteção precoce e a resposta rápida aos surtos epidémicos.
Nesse sentido, a FAO apoia a realização de um ateliê, que visa reforçar a coordenação regional e transfronteiriça, assim como melhorar as práticas de biossegurança e consolidar os sistemas nacionais de vigilância e resposta de emergência.
Portanto, a iniciativa dá especial atenção aos países ainda não abrangidos pelos programas globais de saúde animal, como a Guiné-Bissau, a Gâmbia, Cabo Verde e o Togo.
Participarão nesse encontro os principais intervenientes dos serviços veterinários, da saúde pública, da fauna selvagem, bem como instituições regionais, parceiros técnicos e organizações profissionais avícolas da CEDEAΟ.
Durante cinco dias, esse painel de especialistas e intervenientes analisa e valida os relatórios relativos aos resultados da avaliação dos riscos associados à gripe aviária na África Ocidental, o plano de ação regional de prevenção e combate, assim como o programa regional 2026-2030.
No final do ateliê, os países terão à sua disposição uma estratégia regional atualizada e operacional, adaptada a uma doença que continua a ser um dos principais desafios para África Ocidental.
Alfredo Saminanco
