Algumas das maiores obras do mundo, em termos de extensão, até ao momento pensadas e construídas pelo homem, estão na República Popular da China. São consideradas como provas da capacidade humana de enfrentar e vencer desafios aparentemente invencíveis, que motivou a criação de um programa chamado CIPCC, administrado pelo Centro de Comunicação de Imprensa Internacional da China, visando veicular as reais informações do país.
Tratam-se da chamada “Grande Muralha”, de 21.196 km de extensão, o gigantesco projeto solar em funcionamento, que atualmente garante a energia limpa para mais de 16 cidades da Região de Qinghai e a transformação de um deserto em pomares de maçã.
Começando pela Grande Muralha, que é um complexo de fortificações militares, construídas ao longo de séculos, sendo o maior monumento do universo, construído pelo homem.
O objetivo dessa gigantesca obra é de defender o território chinês contra invasores do norte. A muralha atravessa diversas províncias, apelidada de uma das “Sete Maravilhas” do Mundo Moderno.
Atualmente, o país recebe visitas turísticas de milhões de pessoas curiosas a conhecer o local, entre estrangeiros e próprios chineses.
Inteligência artificial

Em Pequim, o futuro da mobilidade já é uma realidade atual. Veículos autónomos, guiados por inteligência artificial, transportam passageiros sem motorista.
A bordo de um mini-autocarro inteligente, pudemos viver essa experiência em fase de experimentação na capital da República Popular da China, com um respeito integral das regras de trânsito.
Os jornalistas de diversos países do mundo (que se encontram em formação) foram curiosos em provar essa tecnologia rodoviária e solicitaram um passeio de modo a poder contar a história na primeira pessoa.
Ao embarcarmos nos mini-autocarros, recebemos logo a mensagem de apertarmos os cintos de segurança, as portas fecharam-se automaticamente e o veículo partiu, com uma velocidade que variava entre 60 e 70 km/hora.
No interior do carro, vê-se apenas um painel luminoso, que indica o nível de carga elétrica. Percorremos mais de 40 quilómetros nas ruas de Pequim, sem nenhum problema.
Ao chegar ao destino, o passageiro fala e o “carro ouve”, estaciona-se e a abre a porta automaticamente para deixar sair quem deseja ficar, sem qualquer intervenção humana.
Mais de mil veículos inteligentes
No Centro Comercial de Inovação de Humanóides de Pequim, os veículos elétricos, guiados através da inteligência artificial, circulam normalmente. Carros particulares, táxis, camiões… também são modelos já disponíveis dessa tecnologia.
Segundo um responsável da empresa, esses modelos “Made in China” já circulam não só na China, como também nos países de outros continentes. No entanto, ainda não foi concedida licença de venda para a África.
Museus
Na República Popular da China, tudo o que no passado foi importante para a população ao longo da sua história, é registado e colocado em museu para o conhecimento das gerações vindouras, protegendo assim a originalidade da história chinesa.
Nas imagens, vê-se a montanha construída de terra batida (lama) e que servia como Torre de Farol de Kizilgaha, localizado em Kuqa, na província de Aksu, Região de Xinjiang, para o controlo aéreo e da comunicação militar da zona contra o “inimigo”, cujo local já é reconhecido pela UNESCO como património cultural mundial.
Transformação de deserto em pomares

Outro ponto alto e digno de reportagem, foi quando a comitiva de mais de duas dezenas de jornalistas africanos, incluindo a Guiné-Bissau, foi informada da transformação de milhares de hectares de grande deserto em pomares de maçã, considerada de uma das melhores qualidades do mundo, cultivada no noroeste da China, na Região Autónoma de Xinjiang, pesando uma fruta até 300 gramas.
O deserto transformado em quinta de maçã tem a capacidade de produzir até 36 mil toneladas, sendo a China o principal fornecedor dessa fruta para a Rússia, o Cazaquistão e o Quirguistão, abastecendo ainda suficientemente o mercado nacional a baixo custo.
Em suma, a China está muito evoluída em quase todos os aspetos e também engajada na preservação da sua verdadeira história e empenhada a difundir a realidade contemporânea, permitindo uma melhor projeção para o futuro com eficácia.
Entretanto, com o objetivo de disseminação de uma imagem real do país que, desde Agosto último, mais de 100 jornalistas vindos de 90 países encontram em Pequim, com viagens frequentes um pouco por toda a China.
Aliu Baldé, enviado especial
