As primeiras chuvas que caíram um pouco por todo o território nacional, nos últimos dias, inundaram as ruas de Canchungo, tendo a rotunda da cidade sido cercada de água, transformando-a assim num vazadouro de lixo.
A rotunda, que outrora era o único local de lazer e de entretenimento, apresenta hoje um aspeto desagradável, contrariando a beleza que esse local comungava em tempos já idos.
Como sendo o local de maior concentração de pessoas e venda de produtos alimentícios, ao invés de servir o lugar de relaxo ou de distração, passou a constituir a fonte de contaminação e de propagação de doenças infeciorespiratórias, colocando à saúde dos citadinos em riscos.
Essa insalubridade é evidente quase em todas as artérias da cidade, facto que está a preocupar a população local, porque cria dificuldades na circulação de pessoas e de meios de transporte, com destaque para as motorizadas.
No caso da rotunda, por exemplo, as pessoas continuam a frequentar o local sem se importar do perigo de saúde que podem estar expostos.
Segundo os relatos de populares, neste período de chuva, a circulação dentro da cidade torna-se muito difícil, porque quase as principais ruas transformaram-se em charcos.
Perante esta realidade, as pessoas usam galochas ou sapatos de plástico para poderem circular de um lado para outro. Assim, há pessoas que nos confessaram a sua preferência de, neste período de chuva, viver nas tabancas, justificando que ali oferece melhores condições de saneamento.
Uma outra preocupação manifestada pelos populares tem a ver com a falta de tanques de lixo na rotunda, assim como nos bairros. Perante este facto, são obrigados a deitar os resíduos em qualquer lugar.
Segundo os citadinos, a administração preocupa-se somente com as cobranças de taxas, mas não se importa com a saúde das pessoas, muito menos da higiene e saneamento da cidade.
Entretanto, o único espaço público que continua a reunir as mínimas condições higiénicas é o mercado local, que segundo as explicações de utentes, o Secretariado Administrativo, entidade responsável pelo saneamento, faz a limpeza todos os dias nesse lugar.
A inquietação de feirantes reside apenas na falta de negócio, facto que, segundo eles, pode estar relacionado com o poder de compra da população, que em certos casos queixam-se da subida dos preços de produtos no mercado.
Lembramos que há uns meses, numa reportagem que o Nô Pintcha fez em Canhongo, o administrador do setor, Albino Camepilim Mendes, tinha manifestado a incapacidade da administração em relação à quantidade de lixo produzido na cidade.
Na altura, disse que a maior dor de cabeça para os serviços administrativos tem a ver com a remoção de lixo, uma situação que, segundo ele, está fora do controlo, porque a quantidade de lixo produzido diariamente ultrapassava a capacidade de resposta da administração.
Alfredo Saminanco
