Três anos sem salário: Funcionários da ANCA-GB pedem intervenção do Presidente da República

Os funcionários da Agência Nacional de Caju – Guiné-Bissau (Anca-GB) pedem a intervenção do Presidente da República na resolução dos seus problemas, relativamente aos atrasados salariais de três anos.

O pedido foi feito durante uma conferência de imprensa, realizada nesta segunda-feira, dia 17, pelos representantes dos trabalhadores, que revelam dificuldades de vária ordem com que se deparam e exigir o pagamento de três de anos de ordenados em atraso.

Na ocasião, Modibé João Na Biam disse que a Anca-GB deveria beneficiar de um franco em cada quilograma da castanha de caju exportado, o que ainda não é uma realidade.

 “Porque existe um acordo que foi assinado, desde o dia 17 de setembro passado, entre os ministros da Agricultura, do Comércio, da Economia e das Finanças, mas até agora não se desbloqueou o valor em dinheiro, destinado para o funcionamento da Anca”, salientou.

Nesse sentido, os funcionários exortou ao Presidente da Republica, Umaro Sissoco Embaló, enquanto responsável número um, e o Primeiro-Ministro, Braima Camará, no sentido de se intervirem para a resolução do problema.

Por outro lado, denunciou que, atualmente, a elaboração de estrutura de custos, além de ser feita a escondidas à Anca, que outrora é responsável pela sua preparação, deixou de participar nesse processo desde de 2020.

“Nós, os funcionários, não somos os responsáveis pela má gestão da Anca-GB, porque o presidente do Conselho de Administração é nomeado na base de política, e cabe ao Estado da Guiné-Bissau responsabilizar os sucessivos administradores”, defendeu.

No entanto, João Na Biam lamentou o facto de alguns dos seus colegas terem morrido por falta de assistência médica e medicamentosa, os outros foram despejados e ainda mais os seus filhos não vão à escola.

Aquele responsável acrescentou que, apesar de insuficiência de meios materiais, os trabalhadores esforçam-se para cumprimento das suas missões.

Adelina Pereira de Barros

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