O presidente do Instituto Nacional da Pesquisa Agrária (INPA) defendeu que é importante promover a reforma agrária, apoiar a agricultura familiar, fornecer políticas públicas da segurança alimentar.
Quintino Alves, que se falava dia 23 de outubro, durante a abertura do seminário de advocacia para a segurança de sementes alimentar e reconhecimento de papel da mulher na soberania alimentar, adiantou que o estabelecimento de políticas públicas contribuirá para um sistema alimentar justo e sustentável na sub-região e oeste africana e o Estado deve assegurar essa componente, sendo importante para a segurança alimentar.
O diretor executivo da Tiniguena também defendeu a implementação de políticas públicas como ferramentas para assegurar a igualdade produtiva entre as mulheres guineenses que atuam nesse setor.
Miguel de Barros recomendou a criação de estruturas públicas, para permitir aos agricultores e os consumidores a terem acesso e a possibilidade de aquisição das sementes, a preços justos e com a garantia produtiva, alegando que a soberania alimentar é uma das suas lutas.
Segundo este responsável, estabelecer esses fatores, permitirá aos produtores terem o controlo dos seus produtos, das suas vendas, alimentação e a conservação, contribuindo para a redução da pobreza no país,
A seu ver, a Guiné-Bissau tem dois equilíbrios: a não existência de um banco seguro de sementes onde os agricultores possam ir comprar com as garantias de que não são manipulados e a não valorização dos produtos locais.

Entretanto, de acordo com os estudos realizados nos quatro países que integram o projeto EGALE-AO (Guiné-Bissau, Burquina Faso, Togo e Senegal), recomendou-se o estabelecimento de bancos comunitários de sementes para identificação e conservação das mesmas, consciencialização dos agricultores sobre as políticas e leis relativas às sementes, garantir a autonomia dos lavradores como atores-chaves na segurança e soberania das sementes, garantir ainda a promulgação de políticas que apoiem a segurança e a soberania das sementes, entre outras.
Adelina Pereira de Barros
