A diretora do Centro Mental “Osvaldo Máximo Vieira” apelou ao Ministério da Saúde Pública a reforçar o investimento na instituição e que aposte na elaboração da política e programa nacional da saúde mental, bem como o protocolo de tratamento das doenças mentais e uso de subsistência psicológicas.
Finhamba Quessanguê, que falava durante a celebração do Dia Mundial da Saúde Mental, assinalado a 10 de outubro, sob o lema “Saúde Mental em tempos de crise e emergência”,lembrou que a data tem como objetivo promover a conscientização, reduzir o estigma relacionado aos transtornos mentais e incentivar práticas de cuidado integral à saúde.
Segundo ela, o lema deste ano recorda-nos que a saúde mental é um direito, mesmo em tempos difíceis. Disse que a mesma tem sido negligenciada há demasiado tempo, apesar de dizer respeito a todos, pelo que é urgente uma maior ação. “Precisamos de mais investimentos nos serviços e não podemos permitir que o estigma afaste as pessoas da assistência que precisam”.

A diretora realçou que até agora existe a estigmatização, a marginalização, que caraterizam o tratamento que ainda é dada à saúde mental em muitos países na região africana, incluindo a Guiné-Bissau.
Em representação do ministro da Saúde Pública, Suande Camara, disse que estão conscientes de que não se pode construir um sistema forte sem integrar a saúde mental como prioridade. E é por isso que o Ministério Saúde Pública está empenhado em fortalecer os serviços de apoio psicossocial, especialmente nas comunidades mais vulneráveis.
Fez saber que o ministério aposta também na formação de profissionais especialistas em saúde mental, com o apoio dos parceiros internacionais, promove campanhas de sensibilização, para combater o estigma e incentivar o autocuidado.
De igual modo, integra a saúde mental nos cuidados primórdios, garantindo que todos tenham acesso ao apoio emocional e psicológico.
Adelina Pereira de Barros
