A Direção-Geral dos Recursos Hídricos, com o apoio técnico do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), promoveu hoje, dia 10, em Bissau, uma sessão de revisão e validação do relatório sobre os riscos climáticos no setor de água e saneamento.
A apreciação e validação do documento visa orientar a ação nacional sobre os desafios, cada vez mais graves das mudanças climáticas que o país enfrenta.
Ao presidir o ato de abertura, o ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambu, disse que o evento representa um marco importante na trajetória do país, rumo a um desenvolvimento sustentável e resiliente.
Seguindo ele, a Guiné-Bissau está a viver momentos decisivos, onde as alterações climáticas deixaram de ser uma ameaça distante, que estão a tornar-se numa realidade que compromete o futuro de todos.
Para o governante, as decisões politicas, neste caso, devem ser sustentadas por evidências técnicas e escuta ativa das comunidades, para fazer cumprir com os alinhamentos de compromissos internacionais assumidos pelo Estado.
Malam Sambu sustentou que as cheias imprevisíveis, a erosão das zonas costeiras nacionais e a crescente escassez de água potável são sinais claros para encontrar soluções urgentes perante este fenómeno.
Por isso, “o Governo assume plenamente a responsabilidade de liderar, com firmeza e visão estratégica, a transformação necessária no setor de água, saneamento e higiene” e que o setor não é apenas um eixo técnico ou social, mas é uma questão de soberania, de dignidade e de justiça nacionais.
O ministro advertiu que o documento ora submetido em análise é o fruto de um esforço coordenado pelos ministérios setoriais, especialistas, comunidades e parceiros, que oferecem recomendações claras, visando uma preparação para enfrentar os impactos climáticos, através de ações de adaptação, mitigação e de fortalecimento institucional.
Na mesma ocasião, a representante do Unicef no evento, Sandra Martins, reiterou que a sua organização vai continuar a apoiar o Governo e os parceiros na integração da resiliência climática nos programas de água, saneamento e higiene.
Igualmente, disse que irá continuar a trabalhar lado a lado com o Executivo, sociedade civil e demais entidades para garantir que nenhuma criança seja deixada para trás na resposta às alterações climáticas.
Francisco Gomes (estagiário)
