Jornalista do Nô Pintcha vence Prémio Jornalismo e Direitos Humanos

O jornalista do jornal Nô Pintcaha, Aliu Baldé, foi o vencedor da 11ª edição do concurso público anual de 2024 do Prémio Jornalismo e Direitos Humanos, da categoria de imprensa escrita, organizado pela Liga Guineense dos Diretos Humanos (LGDH).

Os resultados foram anunciados, hoje, dia 10, precisamente na data em que se assinala o Dia Mundial dos Direitos Humanos.

Aliu Baldé (jornal Nô Pintcha), Fátima Tchumá Camará (RDP-África) e Mamudu Dansó (Rádio Voz de Quelelé) são os vencedores.

Na ocasião, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, disse que o contexto atual de direitos humanos é caraterizado por aquilo que considera de “suspensão ilegal e arbitrária da liberdade de manifestação no 15 de janeiro de 2024, detenções ilegais das vozes discordantes, repressão da oposição democrática, incumprimento das decisões judicias e instrumentalização da justiça para fins políticos”.

O presidente da LGDH refutou às acusações de alguns políticos de que pertenceria alguma formação política. “Não faço política partidária, a nossa política foi e continuará a ser a promoção e proteção dos direitos humanos e defesa da democracia e do estado de direito”.

Para o ativista cívico, só uma imprensa livre consegue estimular a participação ativa e consciente dos cidadãos no controlo e na responsabilização dos decisores públicos encarregues de gestão do bem comum.

IMG-20241210-WA0011-300x128 Jornalista do Nô Pintcha vence Prémio Jornalismo e Direitos Humanos

Na leitura da ata da equipa de júre, o presidente desse grupo, Luís Vaz Martins, anunciou que, em 2025, os órgãos de imprensa digital estarão incluídos no concurso mediante um critério ainda por definir. Isto, referindo-se a participação neste ano de alguns jornalistas que publicaram os seus trabalhos nos mídia digitais, entretanto barrados pelos critérios de elegibilidade.

Segundo os organizadores desse concurso, a premiação dos trabalhos jornalísticos visa enaltecer e encorajar a tarefa dos profissionais de imprensa, que têm contribuído para a defesa dos direitos e liberdades fundamentais, através de programas de sensibilização sobre os direitos humanos, divulgação de notícias sensíveis ao género e denúncias de casos de impunidade, descriminação e violações de direitos.

Importa salientar que esse concurso é patrocinado pela União Europeia, Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa (Camões) e a Associação para a Cooperação Entre os Povos (Aecep).

A Redação