Transladação dos restos mortais de Amílcar Cabral para Bissau foi há 44 anos

Madem G-15 em palestra recorda vida e obra do líder imortal

O Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) juntou no dia 2 de setembro mais de seis dezenas de seus militantes, na sua maioria combatentes da liberdade da pátria, numa palestra para refletir sobre os 44 anos sobre a data da transladação dos restos mortais de Amílcar Cabral, de Conacri para Bissau.

Às primeiras horas do dia, a comitiva desta formação política, coordenada por Braima Camará, dirigiu-se à Fortaleza da Amura, onde fica o túmulo do fundador da nacionalidade guineense, para prestar homenagem àquela figura incontornável da independência do país.

Em declarações à imprensa, Braima Camará considerou a data como um dia histórico em que todos os guineenses devem refletir sobre o país e a vida dos combatentes da liberdade da pátria, “pensar sobre o que fizemos de errado desde a independência até aqui e o é que podemos mudar”.

Questionou, ainda, como é que os guineenses podem inverter estes males rumo aos verdadeiros anseios e sonhos daqueles que sacrificaram as suas vidas durante a sua juventude, abraçando a causa da luta de libertação nacional e assumindo a identidade como guineense.

“Naquela altura não pensavam em ter boas viaturas, construir casas e muito menos preservar o seu conforto pessoal, decidindo lutar durante mais de uma década nas matas, em que muitos deles ficaram pelo caminho e sepultados nas florestas antes da conquista da libertação do jugo colonial”, lamentou.

O coordenador do Madem G-15 mostrou-se satisfeito por a formação política que dirige albergar muitos camaradas que estiveram ao lado de Amílcar Cabral, tais como Luís Oliveira Sanca, pessoa que participou nas negociações com as autoridades da República da Guiné para a transladação dos restos mortais de Amílcar Cabral para Bissau.

De acordo com o líder do Madem, “o nosso partido vai continuar a refletir em conjunto e fazer com que os combatentes acreditem que o seu sacrifício não foi em vão”, realçou Braima Camará.

Texto e fotos: Fulgêncio Mendes Borges

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