Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas: Chefias militares congratulam-se com recondução de Biaguê Na N´Tan no cargo

Os oficiais superiores, subalternos, sargentos e praças felicitaram o general do Exército, Biaguê Na N´Tan, no passado dia 1 de setembro, pela sua recondução no cargo de chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, através do Decreto Presidencial n.º 40 de 2020.

Em nome do coletivo de militares presentes, o brigadeiro-general, Albertinho António Cuma, chefe de Divisão Central da Educação Cívica, Moral e Patriótica das Forças Armadas, explicou que a decisão do primeiro magistrado da Nação assenta no reconhecimento muito profundo do trabalho, capacidade e dinamismo demonstrados pelo general Na N´Tan.

Albertinho Cuma lembrou que, durante o mandato do general Biagê Na N´Tan não houve desconfianças que podiam semear a falta de vontade no seio da sociedade militar.

“Com a sua inteligência e capacidade organizativa implantou no seio da classe castrense uma enorme vontade de todos cumprirem o juramento que foi feito a 17 de setembro de 2014, de não haver sublevação nas cadeias de comando, calúnias e prisões arbitrárias no seio das forças armadas”, explicou Cuma, acrescentado que houve um grande incremento de capacidade organizativa, como as aulas de capacitação, de línguas estrangeiras e informática no seio das forças armadas, realidades que não se verificavam no passado.

“O general Na N´Tan conhece muito bem os factos reais que obstaculizaram o desenvolvimento político, social, cultural e económico da Guiné-Bissau pois, no seu primeiro mandato como CEMGFA, apontou o dedo a alguns atos negativos existentes, tais como ingerência na política ativa e tentativa constante de golpes de Estado por militares, o que levou a Guiné-Bissau à situação de instabilidade desde a década de 80 até 2013.”

“Durante aquele período assistiu-se à nomeação de 12 chefes de Estado-Maior general das FA, 27 primeiros-ministros e cinco Presidentes da República eleitos, não tendo nenhum deles logrado concluir o seu mandato. Apenas José Mário Vaz e Biaguê Na N´Tan concluíram o seu mandato”, disse Cuma.

Este oficial afirmou que estes atos negros levaram o atual chefe das Forças Armadas a determinar o afastamento dos militares da política ativa, o que deverá continuar a fim de permitir aos governos nomeados criar as condições objetivas para as forças da defesa e segurança.

“O comandante em chefe das Forças Armadas, general Umaro Sissoco Embaló, teve a sábia decisão de reconduzir o general Biaguê Na N´Tan, tendo em conta a paz e a estabilidade que conseguiu impor na classe castrense durante os últimos seis anos”, concluiu Albertinho Cuma.

Em gesto de agradecimento, Biaguê Na N´Tan manifestou a sua satisfação pela homenagem que lhe foi prestada, afirmando que a sua recondução não é apenas dele, mas sim de toda classe castrense, uma vez que o trabalho desenvolvido ao longo deste percurso teve como suporte a equipa que o tem acompanhado e, sobretudo, a união e a grande vontade de fazer algo para melhorar a situação da Guiné-Bissau.

 “O momento é de ação e não das palavras, por isso, as forças armadas necessitam de maior  número de quadros qualificados para que possam desempenhar, da melhor forma, as suas tarefas”, disse Na N´Tan.

De salientar que o homenageado foi brindado com um pano de pente, uma bengala que simboliza a sua liderança e um certificado de reconhecimento com o rosto de Amílcar Cabral.

Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges

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