RENAJ apela envolvimento dos jovens nas ações governativas

“A juventude é a força de desenvolvimento de qualquer país e qualquer que seja política a implementar sobre esta camada deve merecer o envolvimento e a participação da mesma, antes da tomada de decisão alguma”, defendeu o presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (Renaj), em entrevista exclusiva ao semanário Nô Pintcha.

Na ocasião, Adulai Djaura sublinhou que qualquer que seja passo a dar na implementação do projeto da Politica Nacional de Juventude deve envolver a camada juvenil.

Isto numa clara ilusão às noticias que dão conta da intenção do Governo em materializar as ações da Política Nacional de Juventude, com a adoção de dois importantes instrumentos jurídicos virada a vida associativa juvenil, que focam ao progresso e proteção do capital jovem partindo pelo setor educativo.

Nessa ordem de ideias, o presidente da Renaj exortou as autoridades nacionais, no sentido de não esquecer de envolver as organizações juvenis nos assuntos ligados que lhes dizem respeito.

Segundo Djaura a falta de implementação e envolvimento da Politica Nacional de Juventude no projeto de desenvolvimento nacional constituem fortes motivos de fuga constante de quadro jovens para o exterior.

O presidente da RENAJ pediu às autoridades nacionais para inverter essa tendência e colocar a camada jovem nas arenas de decisões sobre o desenvolvimento do país, propondo a criação de um fundo para apoiar a classe. 

Perspetivas da Renaj

Durante a entrevista, Adulai Djaura falou sobre o passado, presente e das futuras ações da organização. Igualmente, analisou as questões ligadas à política de juventude, sem no entanto esquecer das peripécias dos setores sociais, como as áreas de educação, formação profissional, saúde, aumento de índices de delinquência, pobreza, fome, desemprego e subida progressiva e inexplicável dos preços de bens de primeira necessidade, situação que, no entender do presidente da Renaj, afeta os jovens e põem em causa o desenvolvimento do país.

Segundo o nosso entrevistado, a organização que preside já conta com 23 anos de existência, vocacionada a trabalhar para organizações juvenis. A propósito, a Renaj congrega mais de 80 associações juvenis ao nível nacional e as suas ações são de caráter sem fins lucrativas, dependente de recursos humanos com o espírito de voluntariado. Todas as atividades e projetos sociais, com tendência para o empreendedorismo juvenil têm sido suportados pelos associados com o apoio financeiro e material de parceiros nacionais e internacionais, entidades coletivas e individuais, públicos e privados, que atuam na linha do desenvolvimento do país.

As atividades formativas denominadas “campos de férias” constituem uma das principais ações no seio dos associados.

Em relação aos desafios e perspetiva, Adulai Djaura realçou, entre outros ações, a defesa e promoção dos direitos humanos, combate à delinquência juvenil, práticas nefastas e violências baseado no género.

Assim, como a promoção ao emprego, através de atividade do empreendedorismo e, sobretudo, a promoção de educação cívica, tendo em conta ao aproximar de processo eleitoral, visando despistar as tendências de políticos que querem instrumentalizar e, consequentemente, tirar proveitos da camada juvenil.

Custo de vida

O presidente da Renaj aproveitou a ocasião para manifestar a sua preocupação perante o custo elevado de vida no país sem no entanto que houvesse um pronunciamento por parte de quem de direito. A título de exemplo, citou os preços exorbitantes aplicados aos produtos de primeira necessidade, tendo o arroz atingido o preço record de 23 mil francos cfa por cada saco de 50kg.

Perante essa situação, o presidente da rede de juventude disse que não tem dúvida que as consequências estão a repercutir negativamente na vida da população em geral e, em particular, dos jovens que, nas piores das hipóteses, recorrem às práticas negativas.

Nessa perspetiva, Adulai Djaura exortou ao Governo no sentido de assumir as suas responsabilidade em estancar a fome na sociedade, sob pena das suas ações serem interpretadas como de “relegar para o segundo plano” as prioridade das prioridades para que foram eleitos.

Nelinho N´Tanhá

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