Pessoal menor ameaça fechar porta da instituição

O pessoal menor afeto ao Ministério da Educação Nacional, que trabalha nas diferentes escolas públicas, entre os quais mulheres de limpeza, guardas, contínuos e jardineiros ameaça fechar as portas dessas instituições nos próximos tempos caso as reivindicações não forem atendidas.

A advertência foi tornada pública esta quarta-feira, dia 09 do mês em curso, pelo presidente de Associação Nacional de Proteção dos Trabalhadores Domésticos, Sene Bacai Sanhá, no primeiro dia da vigília.

Em declarações à imprensa, o responsável dessa organização disse que completou 20 dias que o ministro da Educação tomou o compromisso de pagar dívidas contraídas com essa categoria de trabalhadores, mas, no entanto, não se dignou em honrar o compromisso assumido.

Informou que num dos encontros que manteve com dirigentes do ministério, fez questão de entregar banco de dados desse grupo de trabalhadores, mas no entanto, queriam colocar em causa os dados fornecidos. Acontece que o próprio Ministério da Educação não tem nenhum histórico dessas pessoas.

Entretanto, Bacai Sanhá apela à sociedade guineense, no sentido de evitar de chamar os seus associados de pessoal menor, porque é o argumento usado pelos patrões para poder depreciar essa classe.

“Se de facto o Presidente da República está interessado em lutar contra a corrupção, portanto é o momento de levantar e colocar pontos no ii, porque as provas não faltam sobre atos de corrupções, aliás, a única coisa que falta é pegar as pessoas e meter nas celas. O que estamos a viver ultrapassa de longe simples corrupção”, replicou.

De acordo com o presidente da associação, a única entidade que está a fazer um bom trabalho sobre o assunto é a Polícia Judiciaria que já ouviu alguns diretores das escolas e que todos confessaram que, realmente, nunca têm pago salário a essas pessoas.

Adiantou que os próximos palcos da vigília serão os palácios do Governo e da República e, reafirmou estarem dispostos a arcar com consequências que possam advir.

Para isso, Sene Bacai Sanhá alertou aquém de direito para não subestimar essas reivindicações, porque poderá ter consequências imprevisíveis difíceis de remediar.

É nesse sentido, Sanhá aconselhou ao Governo para disponibilizar o valor em causa, porque é soma insignificante para executivo, um bilhão de francos CFA. “Fizemos questão de entregar o relatório da situação dessas pessoas em todos os órgãos de soberania, mas a resposta contínua em branco”, concluiu.

Alfredo Saminanco

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