Um grosso número de partidos políticos com e sem assento parlamentar condenou a tentativa do golpe de Estado perpetrado na terça-feira, dia 1, por um grupo de homens armados e não identificados no Palácio do Governo, numa altura em que decorria a reunião do Conselho de Ministros, sob presidência do Chefe de Estado, na presença do Primeiro-ministro.
Nos seus respetivos comunicados, as formações políticas manifestam-se, de forma unânime, a ascensão ao poder por via da força.
O PAIGC regista o facto deste “acontecimento bárbaro” ter ocorrido num período que já vinha sendo de profunda crise pelos atuais detentores do poder, após a última remodelação de um governo reconhecido pelos próprios como “ilegal”, com os respetivos partidos a reagirem publicamente, manifestando o seu mal-estar e se responsabilizando mutuamente por todas as consequências dai provenientes.
O partido alerta que não aceita nem compactua com “formulações redundantes” e que, em última instância, tenta legitimar o poder exercido “à margem da Constituição e das leis” exigindo que um inquérito detalhado seja conduzido por entidades credíveis e competentes a fim de esclarecer os contornos de cada ato, suas consequências e a devida responsabilização dos respetivos autores.
O PRS também, através de um porta-voz, condena com toda a veemência e considera que estamos num século em que qualquer cidadão pode perceber que já não há tempo para se proceder desta forma e que já não pode haver subversão”.
Lassana Fati, da direção dos renovadores, falava à imprensa no Palácio da República, onde foi manifestar solidariedade ao Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e aos restantes membros do Governo.
Por seu lado, a APU-PDGB condena este “ato ignóbil” e diz que a paz, unidade nacional e respeito absoluto pelos ditames do Estado de Direito democrático e não-violência, sempre foram a bússola orientadora de toda ação política do partido.
Perante este “atentado cobarde e bárbaro” manifesta a sua total solidariedade às instituições da República e seus titulares, apelando para os autores desta intentona sejam responsabilizados e traduzidos à justiça.
O Partido da Unidade Nacional repudia firmemente e sem reservas, o recurso à violência no espaço público e político.
Nesse âmbito, defende que é imperativo que a classe política e as autoridades do país façam prova de maturidade e de sentido de responsabilidade, considerando que, nos últimos tempos, temos assistido a atitudes e comportamentos de natureza a dividir os guineenses.
O PUN condena todos os que destilam discursos etnicistas assim como os que tentam sufocar as regras democráticas plasmadas na Constituição.
O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) diz-se defensor incondicional das conquistas democráticas alcançadas pelo povo e da estabilidade política e social, sábia e paulatinamente promovida pelo Presidente da República, num país onde o combate a corrupção, desordem, bem como a tentativa do tráfico de drogas tem sido as metas propostas pelas autoridades do país.
A RGB repudia pela “prática antidemocrática” que os agressores tomaram para chegar ao poder e condena energicamente este ato vil, contrário aos exercícios dos direitos políticos e de cidadania reservados pela Constituição da República e aos seus cidadãos. Apela a todos os guineenses a se absterem das práticas que visem criar mais sofrimento ao povo, porque qualquer ato da natureza faz enormes estragos a imagem do país a nível internacional, agravando a perceção negativa que os países e muitos decisores mundiais têm da nossa terra, como um país altamente instável, afastando desta forma, os necessários investimentos estrangeiros à Guiné-Bissau.
A Redação