Ministro do Interior pede união no seio das esquadras

O ministro do Interior e da Ordem Pública apelou à união no seio das esquadras do país e exortou cada responsável a estar vigilante para evitar raptos, espancamentos e assassinatos na sua área de jurisdição.

O apelo de Botche Candé foi manifestado hoje, durante a visita que efetuou aos aquartelamentos policiais, em Bissau, nomeadamente, a 1ª que fica no centro da capital Bissau, 4ª em Luanda, 5ª na zona-7, 6ª no Bairro de Antula e 7ª na zona industrial de Brá, respetivamente.

De acordo com Botche Candé, essa união, amizade e irmandade, entre camaradas, não deve ser de fora, mas sim, no coração. “Se isso não acontecer, não há paz, estabilidade e desenvolvimento do Ministério”.

Nesse sentido, o governante disse o que viu na face dos comandantes e malta, demonstra claramente que existe camaradagem entre oficiais superiores, subalternos, soldados e praças e “incentiva o Chefe de Estado, Primeiro-ministro e todos membros do Governo a estarem tranquilos”.

Candé chamou a atenção aos responsáveis, em particular, os comandantes, caso acontecer um crime de espancamento ou rapto numa dessas zonas, o comandante assumirá as consequência.

“Devemos criar todas condições de segurança para os nossos cidadãos nacionais e estrangeiros, sentem que estão a ser protegidos pelos nossos camaradas, quer no momento de lazer nas ruas, assim como no momento de repouso dentro das suas casas”, disse.

Botche Candé aproveitou para apelar as populações para que valorizem os trabalhos dos fardados, porque merecem ser respeitados.

No seu entender, todas as pessoas que não valorizam os fardados, quer policial ou militar, esse indivíduo não conhece bondade de Deus.

No que toca ao estado de degradação físico de algumas esquadras, com destaque para a 4ª, ao lado da Televisão da Guiné-Bissau, que está prestes a arruinar-se, provocada pelas fendas nas paredes

Botche Candé disse que essa preocupação vai chegar ao conhecimento do Chefe de Estado e do chefe do Governo, para que esse aquartelamento em causa e não só, como outros, a serem reabilitados com máxima urgência.

Questionado sobre a proibição das reuniões e marchas pelas organizações, partidárias, nomeadamente a coligação PAI-Terra Ranka, o governante esclareceu que houve mal-entendido do comunicado do Ministério do Interior e da Ordem Pública.

De acordo com Candé, no dia em que aquela formação política disse que enviou uma carta para realização da marcha, em Bissau, exatamente, no mesmo dia, recebeu uma carta no seu gabinete de um renascido Movimento de Apoio do Segundo Mandato de Umaro Sissoco Embaló, ao cargo de Presidente da República, para uma manifestação no mesmo dia em que o PAI Terra-Ranka agendou. “Os meus colaboradores entenderam que não é propício para tal”.
“Há duas tentativas de golpe de Estado recentemente e existem muitas armas nas mãos alheias, que não são concluídas a sua recolhas. Portanto, temos que prevenir por enquanto as manifestações nas vias públicas”.

Fulgêncio Mendes Borges

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