O presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Agrária (INPA), Quintino Alves, acusou esta segunda-feira, 25 de março, a ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, a coordenadora interina do Projeto de Desertificação Agrícola, Mercados Integrados, Nutrição e Resiliência Climático (Projeto REDE) e outros responsáveis, de terem desviado mais de 19 milhões de francos CFA, destinados a produção de semente agrícola.
Em reação, o diretor-geral da Agricultura refutou as acusações e pediu para que o acusador apresente provas junto do ministério e também no Ministério Público.
Júlio Malam Injai afirmou que o problema do seu colega do INPA é que não conformou com a decisão do ministério de não aceitar entregar os fundos ao instituto, em Bissau, para produzir sementes, para o presente ano agrícola, tendo optado para canalizar o dinheiro diretamente o seu escritório em Contubuel, através do projeto REDE.
Injai afirmou que o MADR decidiu tomar essa decisão, porque num passado recente, houve um acordo de financiamento assinado entre Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Económico das Regiões de Sul (PADES) e o INPA, onde os fundos utilizados e não foram justificados até à data presente por parte do INPA.
Aquele responsável afirmou que para justificar esse défice, o Ministério da Agricultura é obrigado a dar voltas para que o desfalque de cinco milhões de francos CFA, seja coberto, para que o Ministério não venha a comprometer-se perante os parceiros.
“O mais grave é que aqueles cinco milhões que foram dados ao INPA para cobrir o referido desfalque, esse dinheiro voltou a desaparecer de forma misteriosa nas mãos dos responsáveis do INPA, alegando que o dinheiro foi roubado logo após o seu levantamento num dos bancos da capital ”, lembrou Injai.
O diretor-geral da Agricultura afirmou que por tudo isso e mais outras irregularidades, o ministério decidiu a não dar esse fundo ao INPA e optou para canalizar diretamente no terreno, em Cuntubuel.
Fulgêncio Mendes Borges