Greves: Diferendo entre dois sindicatos de base Sindicato da Economia evoca má-fé

considera greve dos trabalhadores das Finanças de “má-fé”

O Sindicato de Base dos Trabalhadores do Ministério da Economia, Plano e Integração Regional considerou a greve decretada pelo Sindicato de Base dos Funcionários do Ministério das Finanças de má-fé e “estamos solidários com o ministro das Finanças, João Mamadu Aladje Fadia, e contra as decisões tomadas pelos nossos colegas da estrutura sindical deste ministério”.

O presidente do Sindicato de Base dos Trabalhadores da Economia, Quintino Soares Sanhá, que falava no dia 12 de outubro numa conferência de imprensa, considerou de desinformação por parte do Sindicato de Base do Ministério das Finanças em relação ao subsídio de atendimento da Contribuição Industrial (ACI).

Este sindicalista afirmou que o Ministério da Economia e Finanças é uma instituição que tem a sua interdependência e não pode funcionar sem contar com a outra parte.
De acordo com Soares Sanhá, com a chegada do ministro Fadia neste ministério, os nossos colegas começaram a pressionar o governante para que retirasse os nossos subsídios tendo o mesmo, por sua vez, produzido um mapa que retirou o nosso incentivo, tendo mais tarde percebido que os seus funcionários induziram-lhe em erro, facto que o levou a repor esses estímulos.

“A partir da reposição dos nossos subsídios, o Sindicato dos Trabalhadores das Finanças começou a reclamar, decretando uma greve de forma ‘incompreensível’, no sentido de sermos colocados fora deste mapa de incentivos.”

Quintino Soares afirmou que a representação sindical das Finanças não tem competência de indicar ao ministro Fadia quem deve receber ou não o incentivo, pois o “dinheiro não é do sindicato” e nem da Direção-Geral das Alfândegas, ou seja, o setor que cobra os impostos não tem essa competência e muito menos os funcionários das Finanças para reclamar quem é que deve ser pago ou não.

Soares Sanhá aconselhou os funcionários do Ministério das Finanças no sentido de abicarem das reclamações em questão, porque essa é uma luta inglória.
De recordar que o Sindicato de Base dos Funcionários das Finanças e o ministro desta instituição do Estado entraram em rota de colisão já lá vão três meses, com esses trabalhadores a acusarem o ministro de praticar o nepotismo nesta instituição do Estado.

Segundo aquele sindicato, o ministro Aladje Fadia expulsou muitos funcionários, entre estagiários e contratados com mais de 20 anos de serviço, por terem aderido à greve decretada pelos seus representantes
Acusou ainda o governante por optar unilateralmente pelo recrutamento dos “seus amigos” que são reformados do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), bem como dos ex-funcionários da sua empresa privada, a Nova Gráfica, para ocupar os lugares desses funcionários afastados.

Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges

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