Governo prioriza investimento no setor agrícola

O Primeiro-ministro disse hoje, dia 5, que o investimento no setor estratégico na economia do país continua a ser prioridade, apesar de o Governo estar confrontado com escassez de meio e recursos e que “podemos contar com o apoio dos nossos parceiros”.

Rui Duarte Barros fez estas declarações durante a cerimónia de abertura da Conferência Nacional sobre o Arroz, realizada em Bissau.

Duarte Barros afirmou que os setor primário, caraterizado pela Agricultura, Pescas e Pecuária, constitui espinha dorsal da economia nacional, não obstante o país ainda continuar a praticar agricultura de subsistência.

Para Barros, os motivos da continuidade prática de agricultura de subsistência deve-se ao ciclo vicioso, fracos investimentos, produtividades e rendimentos.

Perante esse facto, o governante assegurou que para inverter esta situação, foram elaborados instrumentos importantes de políticas, estratégias, medidas e programas do setor agrário, nomeadamente PINAII, Programa Nacional de Investimento Agrário, DENARP II, entre outros.

De acordo com o chefe do executivo, esses instrumentos definem um conjunto de ações e desenvolvimento e valorização do setor agrário, visando garantir a segurança alimentar, nutricional e redução da pobreza.

Informou que o seu Governo está consciente do papel decisivo da agricultura na sustentabilidade da segurança alimentar e nutricional ao longo prazo.

“O Uso de uma agricultura mecanizada e sustentada à base da utilização de sementes de qualidade saídas da investigação agronómica de boas práticas de produção, o país pode alcançar a segurança alimentar”, disse.

Na sua curta intervenção, o representante do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, Mohamed Hama Garba, agradeceu e felicitou o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural pelo seu contributo para a segurança alimentar, esperando que tenha sucesso e que recomendações concretas sejam formuladas e traduzidas em ações, por forma a garantir a soberania alimentar do arroz na Guiné-Bissau.

Por sua vez, a ministra de Agricultura reconheceu que a presença do chefe do executivo nesta conferência demonstra a importância que o Governo atribui a agricultura, principalmente o setor do arroz.

Segundo Fatumata Djau Baldé, chegou a hora de a Guiné-Bissau atingir a autossuficiência alimentar, por isso constitui responsabilidade de todos os integrantes da fileira do arroz a se comprometerem junto com o executivo, em cumprir rigorosamente com as orientações técnicas que sairão desta Conferência Nacional”.

Djau Baldé garantiu que sua instituição irá cumprir ao pé da letra os resultados advindos desse encontro.

Lamentou o facto de o ministério que dirige ter recebido muitos apoios com o propósito de melhorar os indicadores de luta pela autossuficiência alimentar, “mas que ainda a Guiné-Bissau está muito longe de atingir”.

De salientar a conferência conta com a presença dos representantes do PAM, da UEMOA, da FAO, da Associação Nacional dos Agricultores (ANAG), de alguns membros do Corpo Diplomático acreditados no país, das organizações da Sociedade Civil e dos técnicos do Ministério da Agricultura.

Julciano Baldé

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