Cruz Vermelha assiste às vítimas de inundações

A Cruz Vermelha da Guiné-Bissau (CVGB), em parceria com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), através do Gabinete de Assuntos Humanitários, procedeu hoje, dia 5 de março, ao lançamento oficial da atividade de assistência às vítimas de inundações, ocorridas em 2022.
No ato, que tem como objetivo é de reforçar as capacidades da mitigação e proteção aos afetados das referidas inundações, fez-se a entrega de materiais às famílias infetadas.
Em representação ao ministro do Interior esteve o brigadeiro-general Celso Rosa de Carvalho que, na ocasião, disse que este gesto despertou grande interesse do Governo no sentido de buscar apoio a fim de colmatar algumas preocupações dos citadinos.
Segundo ele, isto levou com que o serviço da Proteção dos Bombeiros diligenciar junto do Ministério do Interior, que culminou com o financiamento da CEDEAO em mais de oito mil folhas de zingo destinadas à recuperação de 47 habitações, 543 colchões e 400 mosquiteiros num valor estimado em cerca 660 dólares.
Celso de Carvalho aconselhou às populações a não construir casas nas zonas húmidas, porque terão consequências mais tarde, provocadas por inundações, mas deixou o assunto para a Proteção Civil fazer a sensibilização.

Efeito de mudanças climáticas

Por sua vez, o presidente da Cruz Vermelho, Daniel Vieira, afirmou que não constitui segredo para ninguém de que a Guiné-Bissau sendo um país costeiro muito abaixo em relação ao nível médio do mar, tem sido marcado por um período de chuvas intensas por vezes prolongando, provocando ventos extremos cada vez frequentes, e com mais impacto relevante na vida das pessoas e na economia do país.

Segundo ele, o Projeto de Mitigação e de Reforço de Resiliência face às Inundações, que surgiram exatamente desta preocupação causada pelas mudanças climáticas, dos esforços das autoridades públicas do país e que a contribuição financeira da CEDEAO visa essencialmente três objetivos, nomeadamente: mitigar o impacto negativo das inundações das zonas rurais e urbanas; criar quadro favorável a gestão sustentável e durável às fecundações e suscitar a consciencialização, mobilização e participação.

Outrossim, as assistências às vítimas das inundações ocorridas na Guiné-Bissau em 2022, constituí uma das atividades chaves e da suma importância neste projeto, porquanto visa retribuir dignidade as pessoas diretamente afetadas.

Daniel Vieira assegurou que nesta primeira fase está prevista a distribuição de bens não alimentares em Bissau e nas regiões mais afetadas, para cerca de 373 famílias num total de mais de 2.611 pessoas prévia e criteriosamente recenseadas. Adiantou que, na segunda fase, as mesmas vítimas receberão os bens alimentares.

“A Cruz vermelha da Guiné-Bissau sendo um parceiro da implementação do Projeto, e enquanto auxiliar dos poderes públicos para questão humanitária, prometeu que não poupará o esforços de maneira organizada, em tudo fazer para que a ajuda chegue a cada um dos beneficiários, de forma imparcial e sem descriminação junto da camada mais vulnerável da população”, garantiu.

O diretor dos serviços da Proteção Civil, Malam Djaura, agradeceu o gesto da CEDEAO e aconselhou à comunidade beneficiária no sentido de acarinhar o donativo ora recebido.

Segundo Djaura, esta oferta não é suficiente, mas é a primeira etapa, sendo que na segunda vão atingir todas as famílias vítimas das inundações.

Adelina Pereira de Barros

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