Governo pretende aumentar produção agrícola com sistemas resilientes

O ateliê de auscultação, no quadro da formulação do Programa de Fortalecimento da resiliência dos sistemas agrícolas às alterações climáticas nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da África Ocidental e Central entra hoje no seu segundo e último dia de trabalhos.

Organizado pelo Ministério do Ambiente e da Biodiversidade, em colaboração com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o programa é financiado pelo Fundo de Adaptação Climática, no valor de 14 milhões de dólares norte-americanos.

O projeto tem como objetivo construir sistemas agrícolas resilientes ao clima em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, garantindo recursos hídricos para o uso agrícola e doméstico e reabilitar terras degradadas para aumentar a resiliência climática dos ecossistemas agrários e melhorar a produtividade agrícola. 

Ontem, na abertura do ateliê, o secretário-geral do Ministério do Ambiente e da Biodiversidade afirmou que nas circunstâncias atuais se afigura extremamente importante que as soluções pragmáticas que podem permitir às comunidades de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, como da Guiné-Bissau, passem pelos sistemas agrícolas resilientes para garantir o aumento da produção e a satisfação das necessidades básicas de alimentação e outras decorrentes.

Laurêncio Vaz, que falava em representação do ministro da tutela, lembrou que os objetivos desse fundo é prestar uma inestimável ajuda aos chamados SIDS que, per si, são vulneráveis ao clima, incluindo a Guiné-Bissau, a se adaptarem aos efeitos das alterações climáticas.

Neste sentido, a Guiné-Bissau se propõe fortalecer as suas capacidades de acesso aos recursos financeiros disponíveis, a fim de consolidar o seu quadro político, estratégico e institucional para a adaptação às alterações climáticas, flagelo esse, que constitui uma grande ameaça aos esforços de desenvolvimento.

Aquele responsável acrescentou que nestas premissas que o país acolheu essa iniciativa, cujo objetivo é de apoiar o Governo, através de implementação de futuros projetos que irão fortalecer as capacidades nacionais em matéria de resiliência climática a bem das gerações presentes e futuras.

“É crucial criar sinergias para partilha de experiências, tais como aquelas decorrentes do antigo Projeto de Reforço da Resiliência e da Capacidade de Adaptação dos Setores Agrário e Hídrico às Mudanças Climáticas na Guiné-Bissau, projeto esse que foi executado em 14 tabancas da Região de Gabu, entre 2011 e 2016”, disse Laurêncio Vaz.

Fulgêncio Mendes Borges

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