Falta de aplicação da lei incentiva mutilação genital feminina

O Comité Nacional para Abandono das Práticas Nefastas anuncia a realização de várias atividades que vão ser levadas a cabo para assinalar o Dia Internacional de Tolerância Zero à mutilação genital feminina no país.

Em Conferência de Imprensa realizada esta amanhã, em Bissau, a presidente do Comité, Marliato Djaló Condé, disse que fevereiro foi instituído como mês de tolerância zero a esta prática em todo o mundo.

Adiantou que, no país, entre as atividades a ser desenvolvidas, a sua organização vai fazer exposição fotográfica, homenagem aos pioneiros desta causa, criação e consequentemente lançamento de website.

A responsável confirma a existência de mutilação genital feminina na Guiné-Bissau, facto que considera de lamentável, tendo apelado o envolvimento de toda a franja da sociedade para o combate deste fenómeno.

Disse que a falta de aplicação da lei que proíbe a MGF está na origem do aumento de números de casos a nível nacional.

Na sua opinião, as autoridades nacionais devem assumir as suas responsabilidades, porque só com a realização da justiça é que a prática pode ser desencorajada.

A presidente do Comité Nacional para Abandono das Práticas Nefastas informou que o ato central da comemoração da efeméride vai ser em Buba, Região de Quinara, sul do país.

Segundo Marliato Djaló Condé, a realização do evento vai ser antecedido com um torneio de futebol e uma marcha desportiva.

Alfredo Saminanco

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