Sob o lema “Sustentabilidade e ciência para o futuro da Guiné-Bissau: um diálogo entre saberes para o desenvolvimento inclusivo, justo e duradouro”, procedeu-se hoje, dia 4 de setembro, em Bissau, ao lançamento oficial do primeiro encontro da Academia Guineense das Ciências (AGC).
O evento que reuniu acadêmicos, profissionais de diferentes áreas, decisores políticos e representantes da sociedade civil num espaço de diálogo interdisciplinar, com vista ao reforço do papel da ciência e do conhecimento no desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau, foi desenvolvido em três painéis temáticos, a saber: “Sustentabilidade em ação”; “Inovação e desenvolvimento” e “Ciência, sociedade e governança”.
O primeiro painel abordou o tema “Educação, Saúde e Ambiente num mundo em transformação”, o segundo painel centrou-se no tema “O papel da ciência e da tecnologia na transformação nacional” e o terceiro versou sobre o tema “desafios de integração regional e justiça social”.
O objetivo principal do encontro é promover o diálogo entre saberes científicos e tradicionais, estimular a reflexão crítica sobre os desafios do desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau e produzir recomendações que contribuam para a formulação de políticas públicas baseadas em evidências científicas.
Segundo os organizadores, trata-se do início de um ciclo de iniciativas que pretendem afirmar a ciência como motor da transformação social, económico e ambiental da Guiné-Bissau.
Na sessão de abertura, o convidado de honra da recém-criada Academia Guineense das Ciências, Ramalho Cunda, diretor do Hospital Militar Principal Amizade Sino-Guineense, realçou a importância do evento e encorajou os participantes a se engajarem nas tarefas de investigação científica para o bem da sociedade.
Nesta sequência, sintetizou que a “Ciência é um corpo de pacto, um conceito que se baseia na observação, experiência, raciocínio lógico e na capacidade de estes serem provados e irrefutados”.
Segundo ele, “esses conceitos nos colocam um desafio em conformidade com o contexto político, social, cultural e económico do país”.
Bacar Baldé
