Vias urbanas de Bafatá e Gabu em reconstrução

O Governo da Guiné-Bissau está empenhado em cumprir as promessas feitas pelo General Umaro Sissoco Embaló, então candidato presidencial, aquando da campanha eleitoral de 2019.

O atual Presidente da República havia prometido às populações das regiões de Bafatá e Gabu que em caso da sua vitória na eleição presidencial o seu Governo reabilitaria 10 quilómetros das vias urbanas da cidade de Bafatá e 10 quilómetros da cidade de Gabu que estão completamente degradadas há vários anos.

Com efeito, esta terça-feira, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, Fidélis Forbs, acompanhado dos diretores-gerais das Estradas e Pontes, Braima Djassi e do Fundo de Conservação Rodoviária, Mamadu Saico Djaló, procedeu em Bafatá, ao lançamento da primeira pedra e no dia seguinte realizou o mesmo na cidade de Gabu.

Em ambas as capitais regionais do leste do país, as obras iniciarão na próxima semana com duração prevista para quatro meses e vão ser feitas por duas equipas da empresa construtora ARESKI com um custo total de oito biliões de francos CFA.

Na cerimónia que contou com as presenças da administradora do Setor de Bafatá, Maria Fernandes, do régulo central, Seco Sidibé, do imame central, Tcherno Culabiu e centenas de pulares, o ministro Forbs lembrou aos citadinos de Bafatá que o projeto em curso é um compromisso assumido pelo Presidente da República na última campanha eleitoral, realizada em 2019.

“Este é um projeto do Sissoco que ele próprio denominou 45 quilómetros de estrada nas regiões e na capital do país. Acreditem no seu Governo e enquanto primeiro mobilizador de fundos ele nos disse para vos transmitir que tenham confiança nele, existem ainda muitos projetos pela frente para transformar o leste do país”, disse.

A reabilitação das vias urbanas de Bafatá e Gabu conta também com a construção de passeios e instalação da luz pública para garantir aos cidadão segurança e conforto.

Mais em frente, o ministro sublinhou que enquanto soldado na governação do Presidente Umaro Sissoco Embalo, o seu pelouro está empenhado em realizar trabalhos de reconstrução de estradas no leste, sul, norte e no centro do país. Em termos de precisão, Fidélis Forbs assinalou que já foram feitos no sul do país mais de 300 quilómetros de estrada em terra-batida, na cidade de Bissau foram reabilitadas as estradas de Bissau velha, para além das estradas de Bafatá-Mansabá e Farim-Bigene. 

O governante informou ainda que o Chefe de Estado mobilizou fundos para a reabilitação da estrada Safim-M´Pack. No início, houve pessoas que reprovaram as palavras do Sissoco, mas hoje vemos as provas na construção da via Bissau-Safim.

Fidélis Forbs sublinhou que chegou o momento de o país ser construído. Nesta fase de democracia, vivemos momentos de altos e baixos, momentos de alguma turbulência devido à instabilidade política. “Assistimos a tentativa de subversão da ordem constitucional o que não ajudou no desenvolvimento do país. Temos que trabalhar seriamente para resgatarmos o país. Só com a estabilidade política é que podemos implementar os nossos projetos políticos”.

O ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo pediu na cerimónia que a população de Bafatá acredite no Governo e o dê confiança, porque só assim será possível reabilitar os 10 quilómetros de estrada e estabelecer a ligação da cidade capital com Contuboel, Cossé, Ganadu, Bambadinca e Xitole.

“Esse trabalho precisa de tempo e vamos transformar a cidade de Bafatá num maior mercado de escoamento de produtos, construir o hospital regional, o liceu regional e o maior polo universitário do país em Bafatá”, afirmou o ministro, justificando que isto permitirá combater a pobreza para melhorar a qualidade de vida da nossa população.

Construção do aeroporto de Gabu

Na cidade de Gabu, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo explicou que após a reabilitação das vias urbanas, haverá alguma avenida a ser batizada com o nome de Lai Seck e outra com o nome do antigo administrador português, Augusto Barros, (que amava a cidade plana e tantas realizações mandou fazer nela) e uma outra que ostentará o nome do professor Herculano. Ele disse também que Gabu como uma cidade extremamente importante para o país, existe uma imperiosa necessidade de ter um aeroporto. E nesta linha de ação, o governante disse que serão demolidas todas as casas que estão nos arredores da pista e os seus donos serão indemnizados. 

Forbs realçou que Gabu é a única região do país que faz fronteiras com dois países da sub-região, nomeadamente com a Guiné-Conacri no Leste e Sul e com o Senegal no Norte e confina fronteiras com as regiões de Tombali e Bafata. Na área de Senegal vivem mais de quatro milhões de pessoas e na zona da Guiné-Conacri conta-se com mais de três milhões de habitantes. Se se juntar essas populações e mais os residentes na região de Gabu totaliza-se mais de sete milhões de habitantes.

Outra promessa do General Sissoco Embaló que o ministro lembrou é a construção de um hospital de referência em Gabu, tendo em conta a fluência da população nos três países. “É uma cidade triangular e temos que explorar, no máximo, as suas potencialidades”.

Segundo Fidélis Forbs, o Presidente da República está empenhado para que seja construída uma ponte metálica na travessia do rio Corubal em Tchétche. O concurso já está lançado.

Tal como na cidade de Bafatá, o projeto de Gabu engloba a construção de passeios e a instalação da luz elétrica pública para permitir os cidadãos viverem em segurança.

Conforme o titular da pasta das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, o projeto que o General Umaro Sissoco Embalo apresentou a sociedade permitirá tirar os cidadãos na linha da pobreza, justificando que a consciência é a chave da transformação. Ele pediu a população para dar tempo ao Governo. “O único propósito que temos é a construção do país e na Região de Gabu, o Chefe de Estado já mobilizou fundos para construção da estrada Gabu-Pirada e se votarem massivamente em nós vamos construir as estradas de Djabicunda-Sonaco, Nemataba-Gabu, Pitche-Buruntuma para melhorar as condições de circulação das populações”.

Bacar Baldé

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