UE entrega medicamentos e materiais médicos ao Chefe de Estado

No âmbito do Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materna e Infantil (PIMI III), o embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau entregou, hoje, dia 24, ao Presidente da República lotes de medicamentos essenciais, consumíveis e testes laboratoriais de saúde materno-infantil.

O donativo é orçado em cerca de 852 milhões de francos CFA com o objetivo de reduzir as taxas de mortalidade materna e de crianças com menos de cinco anos, visando melhorar o acesso à Saúde Reprodutiva, Materna, Neonatal e Infantil em todas as regiões do país.

Depois do ato oficial de entrega, o Chefe de Estado garantiu o uso racional dos medicamentos oferecidos pela União Europeia, tendo alertado que vai acompanhar a distribuição dos mesmos para evitar o seu desvio.

Umaro Sissoco Embaló disse que vai contar com o envolvimento das instituições judiciais, principalmente a Policia Judiciária para que os medicamentos não sejam encontrados à venda nas farmácias nacionais.

Por sua vez, o representante da União Europeia (UE) disse que o ato simboliza, uma vez mais, a dimensão do compromisso da sua organização com a Guiné-Bissau, tendo assegurado que o direito à saúde constitui uma prioridade incontestável.

Neste contexto, Artis Bertulis reafirmou a vontade da UE em sensibilizar a comunidade internacional para apoiar o país no cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimentos Sustentável.

Segundo ele, é também por isso que a saúde tem sido, ao longo dos quase 50 anos de parceria “profunda e fraterna” entre Bruxelas e Bissau, sendo um dos setores prioritário da cooperação.

Bertulis assegurou que a saúde é o bem-estar de crianças e, para a UE, não apenas uma obrigação moral, mas também um investimento crucial do futuro pela humanidade, considerando que o direito de cada criança é um início da vida saudável, e de cada mãe um parto seguro são valores fundamentais que sucederam numa sociedade sã e próspera.

Disse que os medicamentos irão abastecer todos os estabelecimentos públicos de saúde de todas as regiões da Guiné-Bissau (à exceção do Hospital Nacional Simão Mendes).

“Notamos ainda que, ao abrigo do PIMI III, proporcionámos mais de 300 mil atos clínicos gratuitos em saúde materno-infantil (partos, cesarianos, evacuações, ecografias, transfusões, internamentos). A percentagem de partos institucionais duplicou em todas as onze regiões (sanitárias) do país, em menos de um ano”, esclareceu.

Outrossim, disse que a UE compromete-se a acompanhar a Guiné-Bissau com uma abordagem mais centrada no desenvolvimento institucional no setor da saúde.

Adelina Pereira de Barros

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