Segurança das Mulheres Jornalistas em debate

O Projeto Fundação Média para a África Ocidental (MfWA), em parceria com o Sinjotecs realizou, no dia 28 de fevereiro, um fórum sobre a Segurança das Mulheres Jornalistas na Guiné-Bissau. O objetivo visa a partilha de experiências entre as mulheres jornalistas.

O ato foi presidido pelo presidente em exercício do Conselho Nacional de Comunicação Social, Domingos Meta Camará que disse que este fórum é realizado num contexto muito particular, em que os profissionais da comunicação social são interpelados a redobrarem esforços para melhorarem os seus trabalhos não só de modo a cobrir todos os setores da vida nacional, mas, sobretudo de forma a aperfeiçoarem as matérias destinadas aos cidadãos.

Para este responsável, o Conselho Nacional de Comunicação Social, enquanto órgão regulador, está sempre disponível a prestar o seu apoio, não obstante as suas limitações em diversos aspetos, está e estará, sempre presente, desde que é solicitado para dar o seu contributo na luta em que a classe jornalística está empenhada para conquistar e consolidar o quarto poder através de um exercício profissional responsável, apolítico, equidistante em relação aos diferentes poderes existentes, sem quaisquer manipulações.

Reconheceu que os jornalistas têm demonstrado, em diversas situações, que não poupam esforços quando se trata de servir a Pátria com o coração e sentido patriótico. Neste particular, as mulheres jornalistas sempre têm estado na linha da frente.

Outrossim, não obstante a sua aparente fragilidade física, sempre têm feito os seus trabalhos com zelo, profissionalismo, e muita coragem e por vezes a serem confrontadas à situações em que a sua integridade física pode ser ameaçada de alguma forma.

Camará chamou atenção ao fato de que estamos há poucos meses da realização das eleições legislativas, ato para o qual todos os profissionais da comunicação social, jornalistas, comunicadores, técnicos de todas as especialidades, são chamados a intervir com elevado sentido de responsabilidade tendo em mente que se podem promover a paz, com uma má atuação, podem desestabilizar o processo eleitoral e levar o país a uma crise de consequências imprevisíveis.

Meta Camará elogiou a mulher jornalista dizendo que é acima de tudo, uma irmã, amiga camarada, mãe, esposa, portanto uma pessoa de múltiplas funções na sociedade, sendo cada qual delas de suma importância.

A Coordenadora do Projeto Fundação dos Medias para África Ocidental, Daisy Prempeh, disse estar nesse encontro para debater com as mulheres jornalistas sobre a sua segurança e elogiou os trabalhos, dizendo ainda estar satisfeita com a prontidão das mulheres jornalistas, porque tudo é feito acima do joelho.

Por sua vez, a presidente do Sinjotecs, Indira Correia Baldé, disse que, falar da segurança das mulheres jornalistas no trabalho, é um assunto de extrema importância que deve preocupar a todos.

Porque, segundo Indira Baldé, a segurança é a primeira condição para um jornalista fazer o seu trabalho da melhor forma dentro das regras, em especial as mulheres jornalistas na comunicação Social, precisam de ter todas as ferramentas necessárias para estar a altura de fazer o trabalho dentro das regras.

Por outro lado, o nosso setor está cada vez mais a tornar-se mais inseguro, sobretudo para ass mulheres, desde as nossas Redações, sobre os quais há casos de denúncias de assédios não só sexual, mas também assédio psicológico, ameaças que impedem-nas de fazer os trabalhos de chegar onde querem.

Porque muitas vezes, faltam-nos conhecimento de saber decifrar o que é um assédio do que não o é. São inais outras formas que passam despercebidas, em que sofremos assédios sem saber que estamos a ser assediados. Encorajou as mulheres a debaterem abertamente e terem as conversas de mulheres para mulheres, e com mulheres, a fim de aumentarem os conhecimentos sobre estes pequenos sinais que desprezamos, mas têm muito significado para a a questão da insegurança.

Adelina Pereira de Barros

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