O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, presidiu ontem, dia 4 de novembro, à reunião conjunta de alto nível com os titulares das instituições, nomeadamente com o primeiro-ministro, procurador-geral da República, ministros do Interior e da Justiça, bem como a diretora-geral da Polícia Judiciária para, juntos, traçarem um “novo rumo para a Guiné-Bissau”.
Na reunião foram analisados vários aspetos da vida do país, com destaque para a segurança e combate à corrupção no aparelho de Estado.
À saída do encontro, que também contou com as presenças do comissário nacional da Polícia de Ordem Pública e pelo comandante da Guarda Nacional, o Chefe de Estado informou à imprensa que a reunião serviu para analisar diversos aspetos da gestão do país, com vista a tomada de decisões na luta contra a corrupção e crime organizado.
“O nosso lema de gestão do país é: “O combate à corrupção, coronavírus e coronavírus sociais”, disse o Presidente Sissoco, tendo acrescentado que a corrupção é a pior desgraça para um país.
O Chefe de Estado advertiu dizendo que o papel fundamental da Polícia Judiciária é o combate à corrupção. Acrescentou que os guineenses não produzem droga e se existir deve ser combatida porque é um mal para a sociedade.
Embaló disse que foram transmitidas orientações ao primeiro-ministro no sentido de prestar o apoio que for necessário à Polícia Judiciária, para que esse departamento de investigação criminal possa desempenhar cabalmente as suas funções e com dignidade.
“Para fazer um país sério é necessário, em primeiro lugar, que as pessoas colocadas à frente do seu destino devam ser sérias, responsáveis e, sobretudo, ter nas suas mentes de que estão a governar para o bem do povo e do país”, aconselhou.
Questionado sobre a exploração conjunta do petróleo com a República do Senegal, o Chefe de Estado guineense afirmou que se for descoberto este recurso no território nacional, a chave de partilha terá de mudar.
Embaló prometeu para breve a renovação do acordo de partilha do hidrocarboneto entre a Guiné-Bissau e o Senegal e, nesse pacto, haverá uma cláusula bem explícita de que se o petróleo for descoberto no espaço jurisdicional guineense, a partilha terá de ser alterada.
O Presidente Sissoco Embaló lembrou que o referido acordo de partilha foi assinado entre João Bernardo Vieira e Abdou Diouf, então Chefes de Estado guineense e senegalês, respetivamente.
Moratória da madeira
O Chefe de Estado assegurou que não há renovação de abate de árvores como tem sido especulado nos bastidores. “São os mesmos troncos cortados há quatro anos que vão ser vendidos a qualquer cidadão interessado, mas é bom saber que existem regras definidas para a compra desse produto”, explicou.
Recorde-se que o atual Governo produziu um diploma que sugeriu a suspensão da moratória que há cinco anos proibiu o corte de algumas espécies de árvores por um período de cinco anos. O Presidente da República disse que o seu gabinete jurídico está a analisar o documento para efeitos de veto ou promulgação.
Umaro Sissoco Embaló afirmou que o país iniciou a sua fase de mudança a partir de 29 de dezembro de 2019, dia em que os guineenses o elegeram Presidente da República.
Texto e foto: Aliu Baldé