Mais de mil chefes tradicionais (régulos) e imames, vindos de todo o território nacional reuniram-se, esta manhã, em Bissau, com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
A mecanização da agricultura e a “boa campanha” de comercialização da castanha de caju foram os pedidos mais dirigidos ao Chefe de Estado.
E resposta a várias preocupações levantadas pelo poder tradicional, entre as quais, os problemas de saúde, educação, estradas, campanha de caju, peregrinação e outras, o Chefe de Estado fez saber que o sucesso ou fracasso da comercialização da castanha não depende dele, não obstante ter instruído o Governo a tomar devidas providências para uma boa campanha.
Aos muçulmanos, Sissoco avisa que peregrinação às cidades santas de Meca e Medina, na Arábia Saudita, é um “turismo religioso, por isso, quem pretende lá ir deve arcar com todas as despesas e não esperar por bolsas como muitos já se habituaram”.
“Atualmente, no mundo, já não se financia bolsas de peregrinação à Meca. Agora é mais facil conseguir apoio financeiro para a construção de estradas, escolas e hospitais do que receber financiamento de peregrinação”, avisou.
Referente à questão da energia, Sissoco Embaló prometeu que, dentro de um período máximo de quatro meses, a energia da OMVG chegará até última tabanca.
O Presidente da República quer instituir os encontros com o poder tradicional, realizando quatro reuniões por ano de uma forma rotativa nas regiões e no Setor Autónomo de Bissau.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Régulos, Mamadu Néne Baldé, pediu ao Chefe de Estado que faça pressão ao Executivo no sentido de manter o preço base da castanha de caju ao produtor (300 francos CFA).
O régulo de Gabu, José Saico Embaló, afirmou que a população está a passar fome no país.
Falando do seu Regulado, o chefe tradicional pediu a influência do Presidente da República para solucionar a crise de luz em Gabu. Disse que o custo da energia está acima do rendimento dos consumidores.
Aliu Baldé