O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) expressa a sua total solidariedade para com a Direção Superior do Partido da Renovação Social, especialmente ao seu Presidente, Fernando Dias da Costa, pela tentativa de impedir a reunião da Comissão Política por parte das forças de ordem.
Numa nota à imprensa, os libertadores consideram de arbitrária a invasão a sede nacional do PRS e a residência do seu presidente por elementos da força da ordem pública.
Segundo o comunicado, tudo aconteceu a mando do atual regime, fazendo uso abusivo e indiscriminado da força e das granadas de gás lacrimogénio contra os militantes e dirigentes indefesos que se encontravam no local.
No comunicado, o PAIGC considera o ato de uma confiscação dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
“Assistimos na prática reiterada do atual regime uma abusiva ab-rogação da Constituição e demais Leis da República, invadindo sempre, com violência e sem limites, a esfera das instituições da República, tanto públicas como privadas, impedindo o exercício dos direitos cívicos como a liberdade de manifestação, de reunião, de expressão e o livre exercício dos partidos políticos, sindicatos e da sociedade civil”.
Para essa formação política, no Estado de Direito democrático, tal como consagrado na nossa Constituição, tudo isso é absolutamente intolerável.
Com efeito, o PAIGC condena com veemência esta “deriva autoritária, violenta e abusiva” que o atual regime tem infligido aos cidadãos indefesos.
Finalmente, o PAIGC alerta a sociedade guineense, politica e civil, para se manter firme e se posicionar ao lado daqueles que estão a lutar pela reposição de legalidade democrática e do retorno ao Estado de Direito na Guiné-Bissau, porquanto esta luta é de todos.
Alfredo Saminanco