PAIGC e PRS exigem eleição na CNE e Madem discorda da ideia

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se separadamente com os partidos políticos com assento parlamentar, Comissão Nacional de Eleições e Gabinete Técnico do Apoio ao Processo eleitoral com o objetivo de marcar uma nova data para a realização das eleições legislativas anteriormente agendada para o dia 18 de dezembro do corrente ano.

À saída do encontro o presidente interino da CNE, M´paby Cabi, afirmou que a instituição que dirige está preparada tecnicamente para qualquer data que o Chefe de Estado vier a fixar. Questionado se a Comissão Nacional de Eleições levou uma proposta ao encontro disse tratar-se da matéria de exclusiva competência do Presidente da República.

Por sua vez, o Diretor-Geral do Gabinete Técnico do Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Gabriel Gibril Baldé, também assegurou que está preparado para a realização do recenseamento, razão pela qual solicitaram o Governo para marcar a data do inicio de recenseamento, tendo esclarecido que o ato vai ser de raiz.

Enquanto isso, o PAIGC mostrou que antes de falar na marcação da data das eleições, o primeiro é legitimar os órgãos da CNE.

Em declarações à imprensa, o líder dessa formação, Domingos Simões Pereira, afirmou que para que o PAIGC esteja alinhado com a data das eleições é preciso primeiro o cumprimento da lei.

Na opinião de DSP, insistir com a direção interina da CNE como uma entidade que vai organizar eleições é mal, portanto, é necessário que os partidos políticos sejam dados oportunidade de produzir consensos possíveis para constituição de uma direção legal e credível, capaz de conduzir o processo de uma forma livre, justa e transparente. Disse ainda que esse Governo é impotente perante os desafios que lhe são colocados.

Para o Madem, não há objeção quanto a data das eleições, assim como a manutenção do atual direção da CNE para organizar o pleito eleitoral.

Em entrevista aos jornalistas, o segundo vice-coordenador desse movimento, Marciano Silva Barbeiro, disse que a sua formação está de acordo com recenseamento eleitoral de raiz para permitir a todos os cidadãos com 18 anos de idade puder recensear-se.

Entretanto, o Partido da Renovação Social (PRS) não se opôs a data das eleições, mas antes disso defende o legitimar dos órgãos da CNE.

Fernando Dias, presidente em exercício dessa formação política, disse que informaram ao Chefe de Estado que a CNE entrou em caducidade, de forma que as eleições não podem ser realizadas com uma estrutura caduca.

Perante essa situação aconselharam ao Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, a convidar os partidos políticos para se sentar à mesa para encontrar uma saída sobre esse assunto.   

Alfredo Saminanco

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