A coligação da Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka) afirmou que desconhece da indigitação de Rui Duarte Barros ao cargo do Primeiro-ministro, pelo que exige à reposição efetiva do governo liderado por Geraldo João Martins e, consequentemente, a retoma do normal funcionamento da Assembleia Nacional Popular.
Em comunicado, assinado por Agnelo Regalla, um dos coordenadores da coligação, mostra que a atual situação política requer o acompanhamento da CEDEAO, bem como o de toda a comunidade internacional, por ser fundamental e determinante no regresso à normalidade constitucional.
Segundo o documento, a que Nô Pintcha teve acesso, a tal recondução de Geraldo Martins visava simplesmente chamar ao poder pessoas e formações políticas que o povo rejeitou de forma categórica nas eleições legislativas que decorreu há seis meses.
A Plataforma de Aliança Inclusiva justifica o pedido de demissão do antigo Primeiro-ministro, Geraldo João Martins, pelo facto de, supostamente, o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, ter persistido em pessoalizar o novo governo e em não respeitar a vontade popular manifestada nas urnas, a Constituição e as leis da República, assim como o comunicado final de 64ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, acabando por decidir a exoneração do mesmo.
A coligação vencedora das últimas eleições legislativas com maioria absoluta manifesta-se indisponível para aceitar a nomeação de qualquer chefe do governo com seus respetivos membros que seja por sua indicação e livre escolha, tendo em conta o estituído na Constituição da República.
“Essa é a essência das eleições, a essência da nossa Constituição e declaramos o nosso compromisso inabalável com o respeito escrupuloso pelas leis que regem qualquer sociedade do mundo, e a nossa em particular, porque única via para uma sã convivência em sociedade, única via para o desenvolvimento, única via à realização da justiça” concluiu.
Alfredo Saminanco