Órgãos públicos exigem melhores condições para cobertura eleitoral

O diretor-geral do Jornal Nô Pintcha mostrou-se preocupado com a falta de meios para a cobertura da campanha eleitoral. Essa dificuldade foi revelada por Abduramane Djaló, ontem, em entrevista conjunta ao Jornal Nô Pintcha, ANG e a Radiodifusão Nacional, visando esclarecer as necessidades do órgão para cobertura jornalística.

Abduramane Djaló garantiu que está esperançado que o governo vai responder às exigências dos órgãos públicos brevemente, no que tem a ver com as condições financeiras e materiais antes do arranque da campanha eleitoral, marcada para 13 de maio a 2 de junho.

Segundo ele, é preocupante a demora do executivo em responder o orçamento dos órgãos públicos, porque restam poucos dias para início do embate eleitoral, tendo informado que existe um plano de acompanhar 23 partidos e coligações, mas no entanto, sem condições ainda. “Habitualmente, nesse memento o governo disponibiliza fundos para cobertura jornalística, mas este ano, infelizmente não aconteceu até às vésperas do início da campanha”, lamentou.

Djaló afirmou que as boleias dos partidos não dignificam o próprio órgão e muito menos o repórter, sendo que é “chocante e triste” viver com essa realidade. E a situação não for resolvida a tempo não vai ser possível fazer cobertura nessas condições.

Segundo o diretor-geral, o que passou há 30 anos não deve voltar acontecer com esses jovens jornalistas.

Por outro lado, o diretor-geral da Agencia Noticiosa da Guiné disse que os órgãos de comunicação social públicos precisam de apoio, principalmente neste momento. Na sua opinião, o Estado deve cumprir com suas obrigações que, passa necessariamente em assumir as despesas desses órgãos, para que possam cumprir com seus deveres de manter informado o público.

Salvador Gomes salientou que mesmo sem uma resposta positiva por parte do Ministério da Comunicação Social, a ANG com pouco que tem, vai estar em condições de fazer cobertura de campanha.

Por outro lado, disse que também a cobertura vai depender dos partidos políticos, porque alguns deles têm interesse em levar jornalistas.

“E é possível voltar à moda antiga, com e sem perdiem os repórteres devem trabalhar porque o importante é a notícia”, admitiu.           

Cadidjatu Bá (estagiária)

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