Organizações da Sociedade Civil celebram “Dia Internacional da Paz”

Sob lema “Acabar com o racismo e construir a paz”, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento (MNSCPDD-GB), em colaboração com o Coletivo das Organizações Promotoras da Paz, celebraram ontem o “Dia Internacional da Paz”, através da Declaração de Apoio à Paz na Guiné-Bissau.

Segundo a organização, o país comemora a data num contexto difícil, marcado pelas clivagens políticas e desmoronamento das bases que assentam a democracia guineense.

O presidente do MNSCPDD-GB, Fodé Caramba Sanhá, denunciou o aumento do fosso entre os governantes que ostentam riqueza e os governados que vivem na pobreza e o aumento do nível de conflitualidade entre as autoridades nacionais e as organizações representativas dos trabalhadores públicos.

Segundo ele, este contexto nebuloso com potencial nefasto no processo de consolidação da paz, associadas às práticas de atos que minam coesão nacional, tentam arrastar o país a uma situação de ingovernabilidade com efeitos perniciosos na esfera dos cidadãos.

“Para além destes fatores, o Coletivo das Organizações Promotoras da Paz constatam várias situações que constituem ameaças à paz”.

Nesse sentido, Fodé Caramba Sanhá lembrou da tentativa de subversão à ordem constitucional, traduzida no ataque armado ao Palácio do Governo, no passadio dia 1 de fevereiro deste ano, que culminou com mais de uma dezena de mortes e danos materiais.

De igual modo, fez referência ao disfuncionamento da justiça e consequente morosidade dos processos judiciais, que deixa pairar as incertezas e desconfiança quanto à administração de justiça em nome do povo.

Fodé Sanhá referiu, também, o aumento de tensão e consequente conflito laboral entre o Governo e as centrais sindicais, com especial enfoque nos setores sociais, nomeadamente saúde e educação, gerando focos de instabilidade governativa e social.

Acresce a esses constrangimentos, adoção de medidas politica irrefletidas e de agravamento do precário nível de vida dos cidadãos, assim como o défice da democracia interna nos partidos políticos, constituindo ambiente de crispação, desconfiança, bloqueio institucional interna e acusações entre militantes.

Caramba Sanhá referiu ainda o aumento considerável dos indicadores da extrema pobreza no país, em consequência das medidas de mitigação dos efeitos do aumento galopante dos produtos de primeira necessidade e tantos outros indicadores que provam que não há paz na Guiné-Bissau.

Nesse sentido, o presidente do MNSCPDD-GB sublinhou que as organizações da sociedade civil sempre acreditaram que todos são unânime de que a “estabilidade e o desenvolvimento, só se conhecem na paz duradoura, porque dela se atrai mais investimentos e consequente empregabilidade e o rendimento, sobretudo de capital humano, uma vez que impera a diversidade, multiplicidade e competitividade das competências.

Fulgêncio Mendes Borges

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