Nova presidente do Comité promete reduzir indicadores da MGF

A presidente do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas, Marliatu Condé, prometeu durante o seu mandato deixar a organização com a sede própria e trabalhar para que os funcionários tenham vínculo com o Estado.

Por outro lado, garantiu que tudo fará, em termos de dados estatísticos, para reduzir os indicadores da prática de mutilação genital feminina e outras, e espera que daqui a cinco anos nenhuma criança vai ser obrigada a abandonar a escola.

Em entrevista ao jornal “Nô Pintcha”, a presidente disse que a sua direção vai continuar com todos os trabalhos deixados pela sua antecessora, acrescentando que vai contar com todos os funcionários da casa, portanto, os primeiros passos à frente do comité é de reestruturar e aumentar as ações de coordenação e articulação com os parceiros que trabalham na erradicação de todas as práticas nefastas.

Entretanto, garantiu que a sua organização também vai trabalhar na identificação de novos parceiros financeiros para poderem responder as demandas. Na sua opinião, são práticas seculares, cujo combate precisa de paciência e tempo, caso contrária seria difícil.

A luta vai cingir na transformação de uma sociedade justa, onde os direitos de crianças e mulheres vão ser respeitados, sendo para isso, obrigados a trabalhar mais na campanha de sensibilização e de capacitação de líderes religiosos, tradicionais, decisores comunitários, entre outros.

Segundo a presidente do Comité Nacional do Abandono das Práticas Nefastas, o envolvimento dessas entidades na luta contribuirá significativamente na diminuição desse fenómeno no país, principalmente nas comunidades rurais.

Disse ainda que ao longo do seu mandato adotará como estratégia a interação com as comunidades, como método mais eficaz para encontrar respostas acertadas sobre os problemas.

E em relação as “fanatecas”, (mulheres que fazem excisão), vai-se redinamizar a rede dessas mulheres. Mas disse que está contra a ideia de pensar que para “um ladrão abandonar a prática de furto” tem que ser subvencionado. É a mesma coisa que se pode dizer com fanetecas, no entanto, percebe-se que é necessário dar apoio a essas pessoas.

Marliatu Condé informou que o comité atua até ao preciso momento em seis regiões e no Setor Autónomo de Bissau, mas a intenção de cobrir todo o território nacional. Entretanto, dentro de pouco tempo, a organização vai lançar uma ação de formação aos professores em todo o país.

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Alfredo Saminanco

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