Uma mulher amputou o pénis do seu marido na localidade de Quissete, setor de Prábis, Região de Biombo. O crime aconteceu na noite da última quinta-feira deixando a vítima sem órgão genital para o resto da sua vida. Várias organizações de mulheres visitaram ontem a vítima que se encontra internado no Hospital Nacional Simão Mendes.
À saída dessa visita, Aissatu Camará Injai condenou a atitude bárbara da cidadã Djamila Indi para com o marido Jorgito Nhamó Nanque.
As organizações defensoras de direitos das mulheres e crianças exigem tradução à justiça da presumível autora desse crime insólito na sociedade guineense.
“Somos organizações defensoras da paz, segurança, igualdade, direitos humanos e combatentes sobretudo das injustiças, por isso, não podemos de forma alguma permitir crimes praticados pelas mulheres”, sublinhou.
Camará Injai apelou ao Governo no sentido de diligenciar para a evacuação ao estrangeiro para serviços especializados de orientação psíquica da vítima, evitando uma possível perturbação mental ou suicídio voluntário desse jovem de 32 anos de idade, pai de cinco filhos.
O jovem vítima de corte genital já tinha quatro filhos com uma outra mulher e o quinto filho é um bebé de três meses que obteve com a suposta criminosa Djamila Indi.
O grupo das organizações da sociedade civil disse constatar um estado psíquico anormal de Jorgito Nhamo Nanque. “Fisicamente o jovem está normal, anda à vontade mas o estranho é que não fala com ninguém desde que sofreu essa agressão, sempre calado e de cabeça empinada”, explicou a comitiva visitante.
Segundo informações, Djamila Indiestá detida pela Polícia Judiciária e aguarda a instauração de um processo judicial.
Entretanto, o Nô Pintcha, tentou sem sucesso ouvir o médico clínico sobre a gravidade da agressão da esposa ao marido e às futuras consequências.
O irmão mais novo da vítima, Adriano Nhamo Nanque, disse que foi primeiro testemunha da violência cometida ao seu irmão quando este o telefonou e a chorar “vem me socorrer”.
“Fui a correr para o quarto do meu irmão e quando lá cheguei disse-me olha o que Djamila fez, mostrando-me o seu órgão genital quase cortado, a esposa já tinha posto em fuga e deixou bebé na cama”, narrou.
De acordo com irmão da vítima, o médico que atendeu o caso no hospital disse que o pénis do jovem já não podia ser suturado porque até os nervos estavam cortados.
Nessa visita ao marido vítima da esposa, o Instituto da Mulher e Criança, entidade governamental, esteve presente e disse que vai reportar a ocorrência ao Governo para uma possível evacuação do jovem.
Aliu Baldé
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