Motoristas de Quínara satisfeitos com espaço e segurança na nova paragem

A cidade de Buba conta com nova paragem para transportes mistos, desde o passado dia 21 de janeiro. Uma situação de muito agrado para os motoristas, que consideram ter agora um local mais seguro, mais amplo, em fim, uma “paragem de verdade”.

Por seu lado, alguns pas­sageiros reclamam a distância que presentemente têm de percorrer para apa­nhar carro, o que po­de acarretar mais custos individuais. Doravante, o pre­ço a pagar aos táxis, taximotos ou motocarros passa a ser um pouquinho mais elevado.  

Há muito que a Associa­ção de Motoristas e Trans­portadores da Região de Quí­nara lutava para ter um lugar mais apropriado para trabalhar. “Estamos conten­tes com o novo local. A para­gem não é só para mim ou para o sindicato, mas sim para todos. Um dia alguém pode chegar de Alemanha, Inglaterra, Portugal ou EUA e beneficiar-se desta paragem”, conta ao Nô Pintcha o presidente da organização.

Antes da mudança, exigida pelo governo regional, lo­go após a concessão do es­pa­ço, não havia mínimas con­di­ções. Mesmo assim os mo­toristas abandonaram as an­ti­gas instalações para come­çar com a limpeza do local.

É neste aspeto que o presidente da associação, Mário N’Go Fidaiba (vulgo Mes­ca), espera mais apoios das autoridades regionais, que prometeram levar trator para nivelar o lugar. Disse que, pos­teriormente, vão providen­­ciar para a legalização do terreno, em nome da coletividade.

Enquanto não houver trator, são os próprios motoristas que se congregam para lim­par o local, com catanas, enxadas e outros materiais cortantes. Por isso, apro­vei­taram o nosso jornal para tam­­bém apelar às pessoas de boa-fé a darem uma ajudinha.

“Este local é mais seguro e também mais amplo. Va­mos preparando a paragem para ter as condições mínimas, em que um passageiro possa chegar, mesmo à noi­te, e ter onde ficar até ao dia seguinte para continuar a sua viagem”, perspetiva o presidente da associação, que dá exemplo dos terminais congéneres de Bula e Can­chungo.

Casa de acolhimento

Mesca indica que está nos planos da Associação de Mo­­toristas e Trans­por­tado­res da Região de Quínara, a médio prazo, a construção de uma casa para acolher pas­sageiros, assim como a ve­dação do espaço. “Aos pou­cos vamos melhorando as condições”. 

Aquele responsável lembra que no Cruzamento de Buba (local onde funcionava a paragem), não havia condi­ções de se ficar quando cho­via. Pois os utentes recorriam aos pequenos cacifos ou às tabernas mais próximas pa­ra se ‘esconderem’ das chuvas.

Quanto a alegada contestação da população, relativamente à mudança, Mesca considerou-a de muito normal numa situação dessa. Is­to porque as pessoas já es­ta­vam habituadas ao anterior local, de mais fácil acesso e agora têm de andar alguns me­tros a partir da estrada principal.

No sentido inverso, a des­locação da paragem está a beneficiar aos taxistas, pois muitos passageiros vão re­cor­rer a esse meio de transporte ou aos táxi-moto para chegar à estação.

A Associação de Motoris­tas e Transportadores da Re­gião de Quínara congrega mais de 300 membros. O cus­­­to de transporte Bissau-Bu­­ba varia entre 4.500 Fcfa, 4.000 xof e 3.500 francos.

Importa salientar que a no­va paragem tem área de um quilómetro quadrado e dis­ta à cerca de 500 metros da estrada principal. Está si­tuada na saída de Buba, em direção a Quebo e não muito longe do cruzamento principal da vila.

Ibraima Sori Baldé

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