O Ministro das Pescas visitou ontem, dia 10, às obras em curso das instalações do edifício dos Serviços de Fiscalização da Atividade de Pesca (FISCAP), Laboratório Nacional do Pescado (LNP), Direção-Geral do Porto de Pesca e as câmaras frigoríficas de armazenamento do peixe, reabilitadas pela empresa chinesa ZGSC e adotadas de novos equipamentos.
O governante afirmou que a visita de rotina serviu para constatar a realidade e funcionamento das direções-gerais das instituições sob sua dependência.
Segundo o ministro das Pescas, o principal foco da instituição neste momento é a acreditação do LNP e os produtos da pesca. “A nossa economia depende muito do exterior, por isso, precisamos de criar infraestruturas, nomeadamente um porto de pesca industrial, permitindo assim progresso do setor”, disse.
Orlando Mendes Viegas acrescentou que a Guiné-Bissau tem produtos de pesca em grande quantidade mas não tem condições para controlar e explorar esses recursos.
“Existem muitos recursos no mar, porém a nossa fragilidade de os controlar e explorar em benefício da população é como se não existissem. Temos serviços de fiscalização de atividades de pesca mas que também deparam com grande dificuldades técnicas e materiais para o seu exercício”, referiu Viegas.
O titular das Pescas sublinhou que enquanto o país não dispor de frotas nacionais, dificilmente os mercados terão abastecimento regular.
Em relação à aquisição de uma frota marítima, o ministro das Pescas adiantou que há sempre vontade do governo e espera um dia chegar a esse objetivo tendo ainda anunciado haver já muitos parceiros internacionais interessados em fornecer navios de pesca com bandeira nacional.
Por seu lado, o representante da empresa Zhong Yu Global Seafoord Corporation na Guiné-Bissau, Sun Zhi Xiang, declarou que a empresa tem contribuído muito na oferta de emprego para os guineenses, tendo afirmado que é a única que cumpriu e até ultrapassou em dobro do estipulado no acordo de pesca para embarcação de marinheiro nacionais.
Sun Zhi Xiang assegurou, por outro lado, que essa empresa é única com 100 por cento de marinheiro guineenses, contrariamente às outras embarcações que têm levado o maior número de marinheiros estrangeiros, nomeadamente senegaleses e guineenses de Conacri, violando de forma grosseira o acordo assinado com as autoridades guineenses.
Zhi Xiang acrescentou que, anualmente a empresa ZGSC embarca cerca de 200 marinheiros, sendo a maioria deles jovens. Sublinhou que a empresa tem feito manutenções às câmaras frigoríficas, adotando-as de condições adequadas.
“A unidade de transformação e conservação do pescado em construção aqui no Alto Bandim vai possibilitar a exportação do pescado e até setembro deste ano estará pronto e em funcionamento. A câmara frigorífica tem capacidade de armazenamento de 60 toneladas”.
Aliu Baldé
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