Ministério da Saúde alerta que nem todos podem vender alimentos

O Ministério da Saúde Pública exorta a todos os produtores e comerciantes de géneros alimentícios não embalados para se dirigirem à Direção dos Serviços da Saúde Ambiental e Higiene Pública a fim de testarem os seus estados de saúde, isto porque, “nem todos podem vender alimentos”. A intenção visa evitar transmissão de doenças através alimentos.

A este propósito, o Ministério da Saúde Pública, no quadro do processo de revisão de políticas e estratégias nacionais em matéria de higiene e saneamento básico, reúne de 9 a 11 deste mês, em Bissau, num workshop com diferentes atores intervenientes na área, tendo como objetivo, a sensibilização para a tomada de medidas preventivas na produção e comercialização de produtos alimentícios.

A iniciativa é da Direção-Geral de Prevenção e Promoção de Saúde (DGPPS), em parceria com a Inspeção-Geral da Saúde Pública e Organização Mundial de Saúde (OMS), com a participação de vários atores ligados, direta e indiretamente ao Ministério da Saúde Pública.

O inspetor-geral da Saúde, Abdalaha Umaro Candé, foi quem presidiu a cerimónia de abertura do workshop. Na ocasião, reconheceu o apoio que a OMS tem prestado ao pelouro e confessou que o ministério sozinho não dispõe de meios necessários para fazer face aos desafios de higiene e saneamento público.

Para o inspetor-geral da Saúde, a prevenção é o método mais eficiente, fácil e menos custoso para controlar as enfermidades, tendo exortado mais envolvimento e engajamento das instituições parceiras do Ministério da Saúde Pública.

Por seu lado, em entrevista aos jornalistas, a diretora-geral dos Serviços da Saúde Ambiental e Higiene Pública (DSSAHP), Wilsa Salita Una da Silva, disse que o workshop vem mostrar que o Ministério da Saúde está preocupado com a forma como os alimentos são produzidos e comercializados ao público.

“Nem todos podem vender alimentos para o consumo da sociedade, pois, para exercer a atividade comercial de produtos alimentares, antes, a pessoa precisa de ter uma autorização prévia, emitida pela entidade competente, isto depois de uma análise exaustiva da sua saúde”, avisou diretora-geral dos DSSAHP.

Una da Silva exortou ainda a todos os que queiram produzir e vender géneros alimentícios a passarem primeiro pela Direção dos Serviços da Saúde Ambiental e Higiene Pública, entidade emissora de boletim de sanidade, caso o solicitante não testar positivo a qualquer doença transmissível.

Para incutir esse procedimento na mente de pessoas, todas as entidades públicas e privadas parceiras devem colaborar, nomeadamente a Câmara Municipal de Bissau e os ministérios de Turismo e Comércio, os quais devem rejeitar a atribuição de licenças às pessoas que não fizerem testes de sanidade corporal.

Em representação da OMS, Eva Pascoal disse esperar que, no final deste workshop, mais do que partilha de técnicas e experiências, também se consiga ter um grupo de colaboração intersetorial das instituições ligadas ao Ministério da Saúde no sentido de conseguirem ferramentas para a deteção e fazer melhor no que concerne à prevenção das doenças transmissíveis a partir de injeção dos alimentos.

“Espero que tenham o maior proveito durante esses três dias de formação e partilha de conhecimentos, que nos permitam a curto e médio prazo implementar as decisões saídas deste encontro, permitindo cada vez mais a área de saúde trabalhar com os diferentes intervenientes”.

Eva Pascoal alertou que a falta de uma boa prevenção da saúde tem como consequência, a multiplicação de doenças na sociedade. “A prevenção deve constituir a nossa prioridade e sobre a qual devemos atuar”, acrescentou.

Aliu Baldé

 

 

 

 

 

 

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