A Universidade Colinas de Boé (UCB) entregou, no dia 30 de abril, diplomas aos 33 recém-formados nas áreas de Administração Publica e Economia Social, Gestão e contabilidade, Direito Marketing e Comércio Internacional e História, para responder, de maneira pragmática, as reais necessidades do país.
A ocasião serviu para o Reitor da UCB, Pedro da Costa, dizer que a aspiração ao saber ou ao conhecimento, o desenvolvimento da cultura em todas as suas dimensões e em todas as esferas da vida humana, e hoje representa uma preocupação primordial e torna-se objeto de atenção especial.
Atualmente, disse, o país possui um grande número de quadros com formação superior, dos quais, alguns saíram da Universidade Colinas de Boé, e estão a revelar qualidades inquestionáveis em diferentes setores da vida nacional.
Aquele responsável afirmou que desde 2003 até a presente data, a UCB já formou 142 quadros.
Entretanto, apesar de continuar a imprimir rigor e dinamismo, promovendo uma aposta na formação de qualidade e, não obstante, os resultados alcançados, constitui um imperativo da Universidade, à luz das atuais exigências, estar à altura dos desafios que se impõem, para dar respostas e acompanhar a evolução constante no que tange às necessidades e o consequente aumento de nível de formação e de investigação.
Por sua vez, a madrinha dos finalistas, Manuela Manuel Lopes Mendes, disse que os finalistas encerram uma etapa decisiva da vida académica, pois, recebem a declaração que testemunhe uma longa caminhada coberta de momentos doces e amargos, conhecidos de forma geral, mas que cada um, individualmente com objetivo particular.
Segundo Lopes, uma etapa que testemunha que em diferentes momentos foram colocados perante dilemas e souberam enveredar-se pela melhor opção.
A madrinha lembrar do “querido imortal” Reitor Flavien Fafali Koudawo, que, frequentemente, lamentava dizendo: “vamos fechar o curso do Direito pois o que rende não é suficiente para cobrir as despesas, nomeadamente com os professores”.
“Como diriam os contabilistas, estaremos perante as finanças saudáveis quando o ativo consegue cobrir as despesas, restando ainda algo. Do contrário estaremos numa situação deficitária”, citou.
Manuela Lopes referiu esse momento, porque “nos primeiros anos, a turma de Direito no 3º e 4º ano possuía apenas cinco alunos. Se faltasse dois as aulas perdiam todo o interesse.
Lopes afirmou que hoje quem passa para as sucessivas turmas de Direito e Administração, percebe que a persistência e determinação são fundamentais na vida de cada uma das organizações. Isto porque, atualmente, essas turmas estão sempre lotadas devido à procura e qualidade que a UCB implementa e a perseverança em continuar, não obstante os obstáculos.
A Madrinha exortou aos recém-formados, no sentido de tirarem lições disto em dois vertentes: primeiro, ser persistente como a UCB e os seus mentores, porque a porta que se abre a partir de receção do diploma não são carinhos. Enfrentem as dificuldades com caráter e munidos sempre de valores éticos e morais que, ao faltarem, tudo o que pretendemos ser perde o foco.
Em nome dos formandos, Frank Ialá disse que o ato constitui o fim de uma longa caminhada para todos os finalistas, como também o início de um novo percurso que, igualmente, não promete ser fácil, por isso, esperam que venha ser um evento memorável.
Com efeito, disse, o grupo concluiu o curso num momento particular em que o mundo atravessa uma pandemia mortífera Covid-19 em que a Guiné-Bissau não ficou à margem, relegando prioridade de todos os setores da vida nacional para último plano.
Ialá afirmou que o momento é de expetativas, mas também de grande hesitação para cada finalista, porque tem a certeza que todos estão ansiosos e prontos em ir cumprir a missão que lhes é reservada, de acordo com a especialização.
O momento é de hesitação porque, segundo ele, a militância num partido político tem, hoje em dia, mais importância do que um diploma académico, uma situação que para “nós é insustentável”. Porém, espera que à quem de direito crie as condições objetivas, para que esta terra possa ser útil aos seus filhos e não só.
De referir que, igualmente, a Universidade Lusófona da Guiné (ULG) entregou, no passado dia 29 de abril, diplomas a 688 recém-finalistas da Xº Geração. O ato foi presidido pelo conselheiro do Presidente da República, Fernando Defim da Silva, em representação do Chefe de Estado.
Adelina Pereira de Barros
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