A Liga Guineense dos Direitos Humanos manteve, hoje, 9 de março, em Bissau, um encontro com a Direção Nacional da Polícia Judiciária, com o objetivo de analisar atual conjuntura do país, marcada pelo crescimento elevado de ondas de violência na sociedade e compreender os esforços da PJ na sua mitigação.
Após o encontro, osecretário nacional para Comunicação e Relações Públicas da Liga afirmou que esta união enquadra-se no âmbito dos encontros regulares que as duas instituições têm vindo a realizar de vez em quando.
Mas, segundo Gueri Gomes, este em particular, visa manifestar a preocupação da LGDH relativamente a ondas das violências que está acontecer e desenvolver-se bastante no país, e saber da parte da polícia, quais são os esforços e trabalhos feitos, com vista a minimizar o impacto na sociedade.
Disse que de três meses para cá o país tem registado vários atos de violência, casos que consubstanciam nos homicídios, já mais de 10 mortos, e são factos que preocupa muito a Liga, independentemente dos outros atos de violências, como espancamentos, agressões, e tudo isso são casos que violam gritantemente os direitos humanos.
Gomes pede ao Governo para estender a justiça a todo canto do país, porque nenhuma sociedade desenvolve sem a ela. “Se vejamos, todos estes casos de homicídios aconteceram nas regiões, mas estas zonas todos não têm postes de Polícia Judiciária, ou seja, a maioria destes atos aconteceram nas zonas onde não tem serviço montado. O governo deve ver para este componente como instrumento fundamental na luta contra violência e crime, e proporcionar direitos, liberdades e segurança para a população”.
O responsável disse que o executivo deve disponibilizar matérias necessárias para o trabalho e assim terá a possibilidade de poder reclamar dos mesmos caso não se faça um bom trabalho. Adiantou que os parceiros internacionais que trabalham na promoção e defesa dos direitos humanos devem apoiar a PJ, porque estes têm a especificidade nesta matéria da investigação criminal mais do que as outras corporações policiais, pelo que precisa de meios para poder reforçar os seus trabalhos.
Gueri Gomes avançou que brevemente a Guiné-Bissau receberá do aparelho de autópsia, conseguido graça ao esforço da Polícia Judiciária para apuramento das informações, porque esta máquina permite o estudo de corpo com objetivo de determinar a causa e as circunstâncias da morte, como em situações de morte violenta ou quando é preciso identificar cadáveres ou restos humanos.
Naiza FranciscoImbirim (estagiária)