Hospital de Bissorã depara com falta de técnicos e corrente elétrica

O Centro de Saúde de Bissorã depara, neste momento, com enormes dificuldades, tocantes as insuficiências de técnicos e do fornecimento da corrente elétrica do Estado.

Esta informação foi revelada ao Nô Pintcha, na semana passada, pelo administrador do Centro de Saúde de Bissorã, Domingos Mussá Barbosa, que adiantou, mais em frente, que muitas vezes o estabelecimento sanitário setorial só tem eletricidade na hora de saída dos funcionários.

Segundo Mussá Barbosa, além do laboratório de análises clínicas, o próprio serviço administrativo necessita da energia elétrica, pelo menos, das oito às 16 horas (horário de trabalho da Função Pública). «Temos vários outros serviços em funcionamento para os quais necessitamos de energia elétrica», salientou.

Apesar das dificuldades referenciadas, Domingos Mussá disse que o trabalho vai bem naquele estabelecimento sanitário, justificando que o pessoal está a tentar dar respostas às necessidades da população, em conformidade com os apoios do Ministério da Saúde e dos técnicos da área colocados no Setor de Bissorã.

Sendo um Centro de Saúde tipo-B, ali presta-se diferentes serviços, nomeadamente: de maternidade, laboratório de análises clínicas, pediatria, serviço de higiene, serviço de exatores, de tisiologia, tratamento ambulatório (CTA), pequena cirurgia, etc.

Além da sede setorial, existem, naquela área administrativa, vários centros comunitários e, nisto, as ambulâncias fazem evacuações dos doentes em estado grave, residentes em certas localidades consideradas distantes ou de certa forma isoladas. Os serviços de Agentes de Saúde Comunitária (ASC), antenas criadas por UNICEF através das organizações não-governamentais (ONG) trazem resultados em localidades onde o pessoal do centro não consegue chegar.

Nas palavras do administrador, se houver, por exemplo, uma grávida ou uma criança de 0 a 4 anos numa dada localidade, a ASC faz o caso de a trazer para o Centro de Saúde de Bissorã. Essa evacuação é suportada financeiramente pela União Europeia, através do seu programa PIMI que apoia o centro no controlo da gestão de dados, de medicamentos e de evacuação. «Evacuamos os casos graves para Mansoa e dali para Bissau».

Aquele responsável elencou que as doenças mais frequentes no setor são diarreias, infeções respiratórias ajudas (IRA) e o paludismo.

O centro de Saúde de Bissorã tem uma farmácia com pessoal qualificado. Só que tem um só técnico formado e já tem autorização por parte da Direção Regional de Saúde, em Mansoa, para recrutar dois elementos assistentes que apoiarão o tal técnico. Conforme o administrador, a farmácia está bem organizada e graças à Deus não tem dificuldades em termos de medicamentos. «Compramos os medicamentos e temos como fazer funcionar a farmácia na base da autogestão», sublinhou Domingos Mussá Barbosa.

A população sanitária do Setor é de cerca de 42 mil pessoas que é atendida por apenas dois médicos nacionais. o dobro dos habitantes de toda a Região Sanitária de Bijagós. «Se houver condições é necessário que o Estado preste atenção ao Setor de Bissorã, que é populoso e pode ser uma região sanitária», vincou aquele responsável.

Segundo o administrador, julgando-se que o Centro de Saúde está a tornar-se pequeno em termos de atendimento do público, a sua Direção contatou uma ONG internacional e essa pretende construir um hospital em Bissorã. «Já mostramos os seus responsáveis, o terreno e o mapa de localização. Eles concordaram connosco e daí estamos a espera deles».

Bacar Baldé

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