Guinetel e Guiné Telecom prontas à privatização

As empresas públicas de telecomunicação (Guinetel e Guine Telecom) já se encontram num processo avançado de privatização, restando neste momento apenas a validação da decisão em Conselho de Ministros.

“Vamos vender a Guiné Telecom e a Guinetel e aguardamos o aparecimento de interessados fortes que possam, de facto, relançar essas duas empresas públicas no mercado”, anunciou o ministro dos Transportes e Comunicações, Augusto Gomes, em entrevista ao ‘Nô Pintcha’.

O ministro disse que o Estado vai ter a sua participação mas terá que recrutar um operador forte, através de um concurso público, com capacidade de relançar as empresas a ritmo igual ou superior das firmas em operação no país, permitindo a concorrência no mercado de telecomunicações.

Augusto Gomes informou que a Guiné Telecom e a Guinetel vão reaparecer no mercado como empresas novas porque já foram extintos antigos registos. “Vão ter novas licenças, aliás, a Guinetel já tem só falta a Guiné Telecom”, frisou, assegurou que os nomes vão manter-se, devendo mudar os acionistas e a perspetiva de gestão das mesmas.

Inovação

Segundo aquele governante, a Guiné Telecom não vai funcionar como antes, fazer e receber chamadas em casa: “O guineense poderá ter um telefone fixo na sua residência e, a partir desse telefone, ter uma ligação à internet, o seu televisor a funcionar a partir do telefone fixo”.  

Disse que a Guiné Telecom não ficará apenas com o papel da telefonia fixa, passará também a assumir o de uma empresa gestora de infraestruturas das telecomunicações da Guiné-Bissau, incluindo os projetos de fibra ótica, sociedade de cabos e similares.          

“Temos essas empresas paradas há muito tempo mas há sempre parceiros interessados em adquiri-las. Significa que houve dificuldade de organizar o processo com transparência e eficácia que motivasse os interessados, porém, agora toda a documentação está feita, restando neste momento a sua validação em Conselho de Ministros, que atualmente se encontra suspenso por razões da pandemia de covid-19”, explicou.

Aliu Baldé

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