Governo reforça prevenção ao radicalismo violento no país

A União Europeia promove, entre hoje e amanhã, o primeiro encontro nacional dos Jovens para Paz, sob o lema “Construindo um futuro de paz: A juventude contra o extremismo violento”.

O evento é realizado no âmbito do Observatório da Paz – Nô Cudji Paz, em parceria com o Ministério da Juventude, Cultura e Desportos e com o alto patrocínio do Primeiro-ministro, numa iniciativa que congregará 100 jovens provenientes de todo o território nacional.

No ato de abertura, o Primeiro-ministro Geraldo João Martins disse que o encontro realiza-se no momento em que alguns países da África Ocidental têm registado o crescimento de atividades criminosas, protagonizadas por grupos radicais extremistas.

Geraldo Martins afiançou que esses grupos financiados pelo tráfico de drogas, armas, pessoas e branqueamentos de capitais, ocupam grandes áreas de países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, nomeadamente o Mali, Burquina Faso, Níger, Mauritânia e Nigéria.

“O fenómeno do radicalismo e do extremismo violento constitui um problema que deve ser enfrentado por todos, na medida em que tem implicações profundas na desestruturação económica, social e cultural”.

Diálogo para prevenir conflitos

Referiu que, nesta senda e com vista a apetrechar o nosso país de instrumentos eficazes e eficientes na luta contra este fenómeno, através de uma iniciativa conjunta da Liga Guineense dos Direitos Humanos e o Instituto Marquês de Vale e Flor, com o financiamento da União Europeia e do Instituto Camões, foi inaugurado o presente projeto.

Segundo ele, esse projeto tem permitido trabalhar na sensibilização de diferentes autores, promovendo e reforçando diálogos construtivos com vista a prevenção dos conflitos e fortalecimento da coesão nacional da consolidação da paz.

Ferramentas tradicionais

Por sua vez, o presidente interino da Liga Guineense dos Direitos Humanos defendeu que o objetivo primário da cultura de paz é assegurar que os conflitos resultantes das relações humanas sejam resolvidos de forma não violenta, utilizando as ferramentas tradicionais tais como a justiça, liberdade, equidade, solidariedade, tolerância e respeito pela dignidade da pessoa humana.

Bubacar Ture adiantou que em oposição, a cultura da paz, o radicalismo político, social e religioso que gera ódio e sentimentos de vingança, com consequências desastrosas para a sociedade.

De salientar que neste encontro será adoptada a agenda comum dos Jovens para a Paz, um compromisso coletivo das organizações representativas da juventude guineense, para apoio ao reforço da coesão social e a prevenção do radicalismo e extremismo violento na Guiné-Bissau.

Cadidjatu Bá (estagiária)

About The Author