Governo reconhece existência da desigualdade de género

O Ministério da Economia, Plano e Integração Regional em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) promoveu a cerimónia comemorativa do Dia Mundial da População, no passado, sob o lema “Libertar o poder da igualdade de género: as vozes das mulheres e das raparigas para libertar as infinitas possibilidades do nosso mundo”. 

O relatório sobre a População Mundial deste ano cujo tema é “Oito milhões de vidas, possibilidades infinitas – A defesa dos direitos e das escolhas”. O evento foi celebrado com reflexões e debates relativo aos temas que constrangem a igualdade do género e inclusão social.

Ao presidir à cerimónia de encerramento da celebração, o diretor-geral do Plano disse que a raiz de toda essa problemática é a desigualdade de género, que ainda mantém muitas mulheres e meninas fora das escolas e dos cargos de liderança.

“A desigualdade de género é mais visível e notória na Guiné-Bissau em todos os setores com particular destaque para o social, político e económico”, reconheceu Issa Jandi.

Jandi informou que a Guiné-Bissau sendo parte do Concerto das Nações, não podia ser exceção, por isso, o Governo, em parceria com o UNFPA juntou-se à essa comemoração e ao lançamento do Relatório sobre a situação da população mundial em 2023.

Adiantou que o lema deste ano destaca a necessidade de promover a igualdade do género, para ajudar a realizar os sonhos dos 8 bilhões de pessoas no mundo e, em particular, à necessidade de ouvir as vozes de mulheres, meninas e outras pessoas marginalizadas.

O dirigente interpelou toda a gente a refletir sobre a situação das mulheres e meninas enquanto camadas mais desfavorecida, não obstante, a ignorância dos seus desejos e carreiras nas discussões demográficas. 

Por seu turno, o representante de UNFPA disse que a promoção da igualdade do género é uma solução transversal para muitas das preocupações da população.

Jocelyn Fenard mostrou que o acesso à saúde e dos diretos sexuais e reprodutivos para todos são a base da igualdade entre os géneros.

“No entanto, mais de 40 por cento das mulheres em todo o mundo não podem exercer o seu direito de tomar decisões tão fundamentais em como ter ou não filhos”, revelou Fenard.  

Explicou ainda que capacitar as mulheres e as raparigas através da educação e do acesso a métodos contracetivos modernos, ajuda a apoia-las nas suas aspirações e traçar o caminho da sua própria vida.

Lembrou que há vinte anos, na conferência internacional sobre a população desenvolvimento, em Cairo, Egito, 179 estados membros da ONU, incluindo Guiné-Bissau acordaram que a igualdade do género e o atendimento às necessidades em educação e saúde, abrangendo saúde reprodutiva, são pré-requisitos para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Aquele responsável assegurou que essa visão tornou-se uma realidade para muitos e a população no seu número mais elevado de sempre, mais de oito bilhões de pessoas, graças, em grande parte, a melhorias nos cuidados de saúde e ao aumento da esperança de vida.

Julciano Baldé

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