Governo lança pedras para construção de estradas de Sul e Leste

O Governo através do Ministério do Ambiente e da Biodiversidade, das Obras Públicas, Construções e Urbanismo e em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento lançaram as primeiras pedras para a construção de estrada que liga Bubatumbo a Tébe, na região de Quinara e da estrada que liga a vila de Cussana a Cussentche, setor de Mansoa.

A cerimónia foi no passado dia 27 de janeiro, presidida pelo ministro do Ambiente, Viriato Cassamá, como entidade mobilizadora dos fundos, e testemunhada pelo ministro das Obras Públicas, Fidéliz Forbs instituição executora e, finalmente pelo conselheiro técnico do representante do PNUD.

A execução dessas obras se enquadra no âmbito da implementação do Projeto de Reforço da Capacidade de Adaptação e Resiliência das Comunidades Costeiras da Guiné-Bissau aos Riscos Climáticos (CAOSTAL).

Segundo as informações que o repórter recolheu no terreno, esse projeto apoia o executivo na construção de pistas rurais e pontes na sua zona de intervenção.

Os populares dessas duas localidades, onde foram lançadas pedras, receberam a delegação num ambiente de festa e de muita alegria porque, segundo eles, as suas preocupações já estão a ser atendidas pelo Governo, através da influência do chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló.

Melhoria de condições

No seu discurso perante os populares das aldeias de Bubatumbo e Tébe, o ministro do Ambiente e da Biodiversidade, Viriato Cassamá, informou que o seu ministério serve de porta de entrada para financiamento de vários projetos de desenvolvimento para os setores produtivos do país.

Cassamá assegurou que as obras de construção dessas pistas rurais nessas localidades enquadram-se no compromisso assumido pelo Presidente da República na campanha eleitoral, na qual prometeu melhorar as condições de vida das populações em todo o território nacional.

Disse que eles, enquanto membros do Governo, são soldados para a execução e cumprimento das promessas do patrono da Geração do Concreto, tendo prometido que as ações do género vão continuar por toda a parte. Mas, por outro lado, pediu a paz e estabilidade como condições indispensáveis para a materialização desses projetos.

O governante afiançou que as pistas rurais que vão ser construídas vão, de certo modo, ajudar a minimizar as dificuldades das populações dessas zonas, principalmente as mulheres, no transporte dos seus produtos agrícolas, assim como na evacuação de doentes para centros das cidades (Buba e Mansoa).

De acordo com o ministro, as realizações que estão a ser levadas a cabo no país, depois de 49 anos da independência, não chegaram de acontecer, e todas essas obras em curso são com fundos internos. Portanto, “estamos a governar para o povo e não o contrário”.

Abertura de canal de água em Ensalma

Viriato Cassamá disse que Mansoa era uma potência pela prática de várias atividades agrícolas que tinha, mas atualmente, essa pequena terra arável perdeu esse nome devido o fecho da ponte de Ensalma, que era o canal de água, entre Safim e Nhacra, que abastecia as bolanhas daquela zona.

O fecho do canal em Ensalma, acabou por “matar” por completo os ecossistemas em Mansoa e seus arredores, facto que levou à redução da biomassa de peixe e fraca produtividade de arroz, deixando assim a população numa pobreza.

Insatisfeito com a situação, o ministro do Ambiente prometeu restaurar os ecossistemas naquela localidade norte do país, para o qual diz ter elaborado um projeto orçado em 300 milhões de dólares americanos. O referido projeto está muito avançado para a sua materialização.

Apelou às empresas executoras das obras maior rigor e responsabilidade nos trabalhos, porque só assim se pode ganhar mais obras no futuro.

Erradicação de pobreza

Por seu turno, o ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo, Fidéliz Forbs, disse que os atos de lançamento de pedra para a construção dos troços de Bubatumbo a Tébé e de Cussana a Cussentche demonstra que, de facto, há uma articulação entre diferentes instituições governamentais.

Disse que é da responsabilidade do executivo, melhorar as condições das infra-estruturas rodoviárias do país: Pois, foi por isso que o Governo está neste momento a desenvolver várias obras de reabilitação e construções de estradas a nível nacional.

Segundo Fidéliz Forbs, algumas das formas de combate à fome, à pobreza e ao furto de gados são, sem sombra de dúvidas, as construções e reabilitações de estradas do país.

“Não é segredo para ninguém que, com estradas em condições, a população vai poder transportar seus produtos para qualquer mercado do país e vende-los num bom preço. E também torna-se mais fácil a circulação de pessoas de uma zona para outra”, salientou.

Alfredo Saminanco

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