Governo abre campanha da comercialização de caju

A campanha de comercialização da castanha de caju foi oficialmente aberta hoje, dia 15, em todo o território nacional pelo Primeiro ministro, Rui Duarte Barros, na secção de João Landim, Setor de Bula, Região de Cacheu.

Para a presente campanha, o Governo declara tolerância zero à saída clandestina de castanha, por isso o chefe de executivo, no seu discurso, disse que é com muita honra e satisfação que preside à cerimónia de abertura oficial da campanha de comercialização de castanha de caju de 2024, um dos maiores produtos de exportação do nosso país.

No seu entender, a castanha de caju é crucial para a economia do país, pelo que o Governo tem estado a trabalhar no sentido de viabilizar a campanha de 2024, salvando assim milhares de guineenses que dependem dessa cultura.

“Cerca de 85% da população depende da castanha de caju para a sua subsistência e sobretudo no combate a pobreza no mundo rural”, reconheceu.

Segundo Rui Duarte Barros, desde 1976 a castanha de caju tomou-se o principal produto de exportação do país, desempenhando um papel crucial na formação do Produto Interno Bruto (PIB).

Disse que o grande desafio neste setor para o país, é a valorização local antes da exportação, ou seja, a transformação da parte da produção anual em produtos processados aumentando assim o rendimento gerado pelo caju.

Para isso, o Primeiro-ministro assegura que é urgente pensar numa verdadeira revolução neste setor de caju, apostando não só no reordenamento mas também na transformação, evitando incertezas que advém.

Na explicação de Barros, as perspetivas são otimistas com uma produção prevista de 200 mil toneladas de castanha in natura.

“As instruções do Governo sobre o processo de comercialização são claras e resumem-se no seguinte: a remoção de todas as barreiras não tarifárias, permitindo maior fluidez no circuito de comercialização, escoamento e exportação e um rigoroso controle das saídas clandestinas da castanha de caju”, esclarece.

Entretanto, disse que o Governo ajustou os preços e estabeleceu preços mínimos para os produtores e diferentes níveis de comercialização.

Para o ano, o preço de referência é de 300 francos CFA para cada quilograma a nível do produtor e 800 USD para cada Tonelada FOB/Bissau como Base Tributaria.

Alfredo Saminanco

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