Fundo da Consolidação da Paz apresenta plano de trabalho para 2024

Bissau é palco, de 14 a 15 de fevereiro, de um seminário da Revisão Técnica do Portfólio de Projetos do Fundo da Consolidação da Paz (PBF) das Nações Unidas na Guiné-Bissau.

Na abertura do encontro, o ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Soares Sambú, disse que em 2023 o país tinha recebido uma missão da Comissão da Consolidação da Paz das Nações Unidas, na altura, o Presidente da Republica, Umaro Sissoco Embalo, encorajou a comissão pelo seu trabalho e pela orientação estratégica e é fundamental que exerce no aconselhamento da Assembleia Geral da ONU.

Soares Sambú aproveitou a ocasião, em nome do Chefe de Estado, solicitar o Fundo da Consolidação da Paz que continue a auxiliar a Guiné-Bissau de forma mais veemente no seu combate à corrupção.

O governante afirmou que a Guiné-Bissau é um país em paz, mas “é uma paz frágil” em resultado da nova geopolítica mundial e do atual contexto da sub-região africana, que apresenta novas ameaças.

Por isso, com muito agrado, solicitou que o PBF permaneça no país e que tenha projetos transversais, mas sobretudo em todo o território nacional e não apenas na capital Bissau.

“Como sabem, em 2022 fizemos, pela primeira vez, a Revisão Nacional voluntária sobre os progressos e desafios na implementação dos objetivos do desenvolvimento sustentável, e foi um exercício longo e complexo”, disse Soares Sambú.

Segundo o ministro da Economia, os desafios de trabalho, levados a cabo juntamente com as Nações Unidas, em primeiro lugar, requerem o reforço da necessidade da coordenação e sinergia entre vários projetos, pois, os recursos são escassos perante as necessidades.

Reconheceu que se os trabalhos não forem feitos em coordenação quem sempre acaba por perder é a população.

Entretanto, Sambú persuadiu as sensibilidades para trabalharem lado a lado permitindo que haja troca de informações. Enquanto isso, o governo, logicamente tem todo interesse de contemplar os sucessos dos projetos em que trabalha.

No seu entender, esse sucesso significa responder às necessidades da população e o Executivo sempre deve ser codecisor nesse aspecto.

Por sua vez, Jocelyn Fenard, coordenador residente interino das Nações Unidas na Guiné-Bissau, garantiu que desde 2007 o PBF investiu com cerca de 65 milhões de dólares, através de diferentes projetos, os quais incluem jovens e mulheres.

Lembrou que as Nações Unidas também apoiaram reformas institucionais, considerando a Guiné-Bissau como merecedora da atenção.

Fenard afiançou que os atuais projetos incluem o diálogo político, jovens e mulheres na tomada de decisões na política e na luta contra o tráfico de drogas e outros crimes transnacionais, como também a promoção e proteção dos direitos humanos.

Cadidjatu Bá

About The Author