França financia bolsa de 15 estudantes na Costa de Marfim

O porta-voz dos bolseiros afirmou, recentemente, em Bissau, que o objetivo do investimento do governo francês na formação de quadros nacionais, na Costa de Marfim, é para colmatar a escassez de engenheiros agrónomos no país. Aliás, esse gesto, segundo ele, visa essencialmente incentivar os jovens guineenses a enveredarem-se pelos cursos ligados à agricultura, tendo em conta o potencial agrícola que o país oferece.

Fernando Na Badé, que falava em entrevista ao jornal “Nô Pintcha”, explicou que a escolha do seu grupo para os estudos académicos foi resultado de uma seleção rigorosa, na base de um concurso público aberto pela Embaixada de França, em Bissau.

“No começo, os concorrentes a teste de pré-seleção eram mais de 160, tendo sido apurado 30 para as entrevistas, e após essa etapa foram selecionados definitivamente 15 bolseiros”, explicou Na Badé.

Aquele bolseiro revelou que o curso terá duração de três anos e despesas totais de estada dos bolseiros na Escola Superior de Agronomia em Yamoussoukro serão suportados pelo Estado francês num valor não revelado.

“Estamos a ser formados indiretamente pelo governo guineense, através da sua cooperação com França. Isso não significa que automaticamente teremos lugares garantidos no Ministério da Agricultura,  até porque, muitas vezes, o executivo não consegue dar emprego a todos os técnicos vindos das universidades. Por isso, caso não formos colocados após a formação, seremos obrigados a enveredar pelo  empreendedorismo e proporcionar mais oportunidades aos jovens”, esclareceu o porta-voz dos bolseiros.

Por outro lado, garantiu a total determinação dos colegas em honrar o compromisso assumido perante dois Estados, através de estudo dedicado e sério.

Segundo ele, a firme determinação nessa formação visa motivar os financiadores do curso, no sentido de proporcionar mais oportunidades aos jovens guineenses noutros domínios.

Entretanto, convidou o executivo de Nuno Gomes Nabiam a apostar no setor de agricultura, porque é uma das áreas chaves para o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Aliás, o país não pode estar bem se o setor agrário não estiver no centro das prioridades.

Aproveitou a ocasião para agradecer ao governo francês, através da sua Embaixada, em Bissau, pela oportunidade de formação concedida aos jovens. Agradecimentos esses estendidos ao governo guineense, que permitiu a concretização dessa cooperação, beneficiando cinco rapazes e 10 meninas.

Julciano Baldé

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