Emigrantes guineenses celebram  50 anos da independência

Os emigrantes guineenses residentes em diferentes países da Europa celebraram no sábado, em Hamburgo, na Alemanha, os 50 anos da independência da Guiné-Bissau, comemorado no dia 24 de Setembro.

A informação foi avançada pelo gabinete da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado das Comunidades.

O evento, presidido pela secretária de Estado das Comunidades, Maria Luísa Embalo, em representação do Governo, contou com as presenças do deputado da Diáspora Europa, Caetano José Ferreira, do diretor-geral das Comunidades, Iafai Sani, do embaixador Paulo Silva, entre outras personalidades, e foi organizado pelo Secretariado das Comissões Políticas da Diáspora Europa, América e África no quadro do seguimento da segunda gala PAIGC.

A celebração, em família com a diáspora guineense na Europa, do Dia da Independência Nacional teve como propósito marcar uma aproximação entre os cidadãos nacionais que vivem fora do país e as autoridades da Guiné-Bissau.

Nesta cerimónia, que se realizou pela primeira vez, a secretária de Estado das Comunidades, Maria Luísa Embaló, disse que o Dia da Independência Nacional é fruto da árdua luta armada de libertação, encabeçada por Amílcar Cabral, que decidiu derramar o seu sangue para que o povo guineense libertasse da dominação colonial portuguesa.

A governante aproveitou a ocasião para agradecer homens e mulheres que escolheram o lugar do seu ganha-pão fora do solo pátrio pela contribuição “significativa e inestimável” que estão a dar para o bem-estar das suas famílias e do país, em geral, e assim também pela participação exemplar destes na forma de afluência às eleições de 4 de junho último.

“Reconhecemos que a organização do processo eleitoral foi algo difícil na Diáspora, devido fundamentalmente às contrariedades da ordem logística e financeira e também pelo facto de os emigrantes residirem em diferentes países, cada um com as suas condições de vida e as circunstâncias que a envolvem”, afirmou Luísa Embaló.

No seu discurso, a secretária de Estado das Comunidades sublinhou que o Governo propõe-se melhorar as condições dos emigrantes, socorrendo-se dos bons exemplos que abundam em África e, nesta perspectiva, o Executivo irá adotar a Política Nacional para a Migração, visando assegurar a melhor participação da diáspora no desenvolvimento nacional e criar um quadro permanente de concertação entre o Estado e as comunidades guineenses em diferentes países de acolhimento.

“Reconhecemos perfeitamente que a diáspora joga um papel importante na divulgação, no exterior, dos valores socioculturais do nosso país e do nosso povo e ajuda a partilhar ideias, projetos, vontades e afetos, promovendo a imagem positiva da Guiné-Bissau”, sintetizou a governante.

Neste seu primeiro ato oficial com a comunidade guineense, Maria Luísa Embaló solicitou aos emigrantes que evitem adquirir documentos falsos junto de pessoas alheias, como tem acontecido sistematicamente e pediu para que a Diáspora Guineense fosse mais unida, mais moderada e exemplar em todos os países de acolhimento.

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