Com o apoio financeiro do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 150 ativistas voluntários da Cruz Vermelha (CV) da Guiné-Bissau encontram-se espalhados em todas as regiões do país para uma ação de sensibilização das comunidades sobre como prevenir a propagação da Covid-19.
Uma equipa de voluntários da CV desencadeou nos dias 5 e 6 deste mês uma campanha de sensibilização às comunidades da Região de Biombo que, neste momento, é a terceira zona geográfica do país mais afetada pela Covid-19, depois de Bissau e Cacheu.
O coordenador da CV-GB, Daniel Vieira, afirmou que os ativistas voluntários têm contribuído bastante para que o pior não aconteça.
Vieira disse que o plano de contingência da CV está em consonância com o do Ministério da Saúde Pública. “Trabalhamos em coordenação, aliás, só desencadeamos ações de sensibilização em determinadas zonas com a indicação do ministério”.
“Notamos algumas mudanças de comportamento das pessoas nas zonas onde já passámos a nossa mensagem de prevenção da Covid-19, pois muita gente já consegue explicar os sintomas da doença do novo coronavírus”.
“Em termos de estratégias, trabalhamos mais nos períodos da tarde porque, neste momento, as comunidades estão muito concentradas na recolha da castanha de caju, o principal produto de exportação e que também garante a subsistência das famílias”, disse.
Daniel Vieira apelou à população guineense para que respeite as medidas e orientações que o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde e a Cruz Vermelha têm transmitido, nomeadamente o uso de máscaras, o distanciamento social, a lavagem frequente de mãos como formas mais simples de evitar infeções.
Os voluntários são mobilizados e treinados em grupos separados para cada zona. As primeiras ações de sensibilização na Guiné-Bissau tiveram lugar no dia 27 de março último.
O coordenador da CV lembrou que os seus voluntários já distribuíram mais de duas mil máscaras de proteção contando, em breve, distribuir cerca de três mil outras.
De salientar que, além da Unicef, também recebemos apoio financeiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Alto Comissariado da Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR).
Entretanto, até ao fecho desta edição, ontem, dia 6, a Guiné-Bissau confirmou 475 pessoas infetadas por Covid-19, dentre essas infecções, registaram-se dois óbitos e 24 indivíduos considerados recuperados.
Por: Aliu Baldé