Conselho de Comunicação Social preocupado com violência verbal nas redes sociais

O presidente interino do Conselho Nacional da Comunicação Social (CNCS) lamentou o facto de se registar violência verbal nas redes sociais, através dos diretos produzidos e publicados por cidadãos, militantes ou simpatizantes dos partidos, como expressão de solidariedade ou de apoio aos diferentes concorrentes às eleições legislativas de 4 de junho.

Domingos Meta Camará falava hoje, no habitual balanço semanal da monitorização da atuação dos órgãos da comunicação social durante a campanha eleitoral.

Meta Camará disse que a sua organização constata a ausência de isenção e equidistância no tratamento dos conteúdos noticiosos, uso de linguagem que podem incitar o ódio e discriminação étnica e religiosa.

“Na globalidade, por falta de objetividade, ausência de pluralismo de informação e por pautarem pelo desrespeito total a ética e deontologia profissional, há uma evidente manipulação da opinião pública nacional e internacional nas redes sociais com a agravante da publicação de notícias falsas”, lamentou, igualmente, Camará.

Em relação à imprensa escrita, esse responsável referiu que o Jornais Nô Pintcha, O Democrata e Última Hora pautaram pela publicação de conteúdos informativos nas linhas estabelecidas pelo Código de Conduta. “A Televisão da Guiné-Bissau passou os tempos de antena em que cada concorrente beneficiou de cinco minutos”, assegurou.

Em respeito ao estabelecido na lei, o presidente interino do CNCS demonstrou que a TGB manteve o espaço em branco, sem qualquer conteúdo dos concorrentes que, por qualquer razão não puderam preparar o material informativo para apresentação nos respetivos tempos de antena.

Afirmou que na generalidade, as 12 rádios que assinaram o Código de Conduta e o termo de compromisso observaram o pluralismo, a equidade e equidistância recomendáveis durante o processo eleitoral, de um lado, e de outro, a linguagem usada nos jornais da campanha e nos conteúdos programáticos dos partidos, também, foi moderada.

“Quanto a tempo de antena na Radiodifusão Nacional, todos os partidos que figuram na lista enviada pela Comissão Nacional de Eleições mereceram o mesmo tratamento. Isto é, a cada um foi dado o tempo previsto pela lei”, informou Domingos Meta Camará.

Julciano Baldé

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