CNCS interdita imprensa de divulgar resultados eleitoral

O Conselho Nacional da Comunicação Social apelou, hoje, a todos os órgãos da Comunicação Social, a se absterem de divulgar ou interpretar os resultados parciais ou gerais das eleições do domingo próximo, dia 4 de junho, que não sejam emanadas pela Comissão Nacional de Eleições.

O apelo foi lançado pelo presidente interino do CNCS, Domingos Meta Camará, quando presidia, na habitual conferência de imprensa, apresentação do relatório de atuação dos órgãos da comunicação social, durante a cobertura da campanha eleitoral nessa terceira semana.

Meta Camará congratulou-se com o facto de, na sequência das visitas efetuadas às rádios sediadas em Bissau onde foram solicitadas o respeito ao código de conduta eleitoral, se terem registado melhorias nos respetivos programas.

Acrescentou que a sua organização havia recebido protestos de alguns órgãos de, apesar da disponibilidade manifestada para a cobertura de comícios políticos, são discriminados por certas diretorias relativamente a solicitação da cobertura.

Segundo ele, o jornal Nô Pintcha continua a dispensar uma página a cada partido ou coligação, para divulgação das suas mensagens. E nesse espaço é dado tratamento igual a todas as formações políticas.

“Nas redes sociais, o CNCS constatou a continuação do uso de linguagens violentas e conteúdos que incitem o ódio nos diretos”, afirmou.

Equidade e pluralismo

Entretanto, no quadro das atribuições que a lei nº 6/1991 lhe confere, o presidente do Conselho Nacional da Comunicação Social aproveitou a ocasião para apresentar o relatório da sua visita às rádios comunitárias, assegurando tê-las auscultado sobre as questões ligadas a equidade, pluralismo, linguagem usada nos programas e notícias da campanha, tendo constatado que, na globalidade, o “nível de cumprimento é aceitável”.

Domingos Meta Camará aproveitou, igualmente, o momento para reforçar a necessidade do respeito do código de conduta eleitoral e o termo de compromisso rubricado pelos órgãos da comunicação social no dia 10 de maio, “a fim de garantir uma cobertura mediática justa, responsável, equidistante”.

Julciano Baldé

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